Nesta segunda-feira (22/02), o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, participou de reunião com o governador Eduardo Leite e outras entidades empresariais para discutir as alternativas para a contenção da pandemia de Covid-19. A Fecomércio-RS apoia o esforço para evitar aglomerações e para reforçar a adoção de medidas que previnam o contágio, mas adverte que o fechamento do comércio na bandeira preta seria uma medida extrema, sem efetividade comprovada, que causaria graves prejuízos ao emprego e à renda de milhões de pessoas.
No entendimento da Fecomércio-RS, providências como a repressão às aglomerações, paralisação de atividades entre as 22h e as 05h e a redução na ocupação dos espaços comerciais, sem o seu fechamento total, são razoáveis perante o estágio da pandemia no Rio Grande do Sul. Neste sentido, a entidade sugere que seja mantido o modelo de cogestão, permitindo aos prefeitos atuarem de acordo com as especificidades locais, ou que o protocolo da bandeira preta seja reajustado, levando em consideração todo o aprendizado adquirido durante os 11 meses de pandemia.
“Ao longo de 2020, o setor de comércio e serviços abriu em todo o estado, aulas presenciais foram retomadas em escolas de ensino infantil e, com o cumprimento rígido de diversos protocolos de segurança, como distanciamento, utilização de EPIs e higienização constante, passamos, inclusive, por ciclos de redução de gravidade da pandemia durante os últimos meses. Como já observamos em outras ocasiões, parece bastante razoável supor que a ocorrência de aglomerações de pessoas e reuniões sociais, que nada têm a ver com o funcionamento de empresas, sejam responsáveis pelo aumento de contaminações”, argumenta Bohn.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza, apoiou a sugestão de revisar o protocolo da bandeira preta para garantir o funcionamento do comércio com 25% dos funcionários, conforme solicitado pela Fecomércio-RS. A iniciativa considera o custo social elevado, observado em 2020, após meses de medidas excessivamente restritivas que falharam em conter a pandemia, mas ocasionaram o fechamento de empresas e a eliminação de milhares de postos de trabalho.
Fonte: Moglia Comunicação Empresarial/Marina Goulart