Quem passa pela praça municipal Nelson Vieira Martins, em Sentinela do Sul durante a semana não pode deixar de conferir os produtos da agricultura familiar e os artesanatos que são oferecidos no quiosque do espaço público.
A feirinha permanente que ocorre de segunda a sexta é um ótimo local para os consumidores que preferem adquirir os produtos locais, selecionados especialmente para a ocasião de forma que estejam frescos e que sejam mantidos os sabores e a consistências de cada item. Além dos produtos in natura também são comercializados alguns minimamente processados, como pães, bolos, cucas, biscoitos, chimias, doces e rapaduras.
O espaço comercial que é antigo esteve desativado por um tempo, por consequências da Covid-19, mas em setembro do ano passado voltou a funcionar depois que a feirante Natiele Romeu procurou a prefeitura com o intuito de reorganizar a utilização do quiosque.
“Era inadmissível que nosso município não tivesse uma feira da agricultura familiar funcionando então procurei o vice-prefeito Paulinho que de pronto acolheu nossa demanda e providenciou que a comercialização fosse retomada”, colocou Natiele.
Ela explica que nas sextas-feiras, quando ocupa o quiosque, os itens ofertados são produzidos por diferentes agricultores da localidade de Cerro Pelado, onde reside. É uma parceria entre eles que garantem a variedade da oferta, ao mesmo tempo que todos têm um canal de comercialização e incremento da renda.
A feira também é impulsionada pela rede “Desenvolve Sentinela do Sul”, que é um grupo formado por secretarias do governo municipal e entidades agrícolas e sociais do município, incluindo o CRAS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a Emater/RS-Ascar.
A extensionista da Emater, Nástia Duarte Garcia coloca que profissionais e agentes públicos que integram o grupo promovem reuniões nas comunidades rurais, quando as oportunidades e programas são divulgados e as ações incentivadas.
“No intuito de fortalecer estas comunidades, temos reuniões de trabalho e avaliação com os moradores. A intenção é fazer com que as pessoas voltem a ter o sentimento de pertencimento e sejam protagonistas dentro de suas comunidades”, detalha Nástia.
Foi pela rede que Catia Marlene de Araujo Lima e Rosa Maria Lima de Lima, moradoras da comunidade Barbosa Lima, no interior do município ficaram sabendo do funcionamento do quiosque e já em maio deste ano estrearam no espaço comercializando seus produtos.
Elas vão juntas para a cidade às quintas-feiras levando nas bagagens diversos produtos caseiros como pães, bolachas, cucas, doces, chimias, bolos, batata doce, nozes, mel e conservas de hortaliças.
“Sempre gostei de culinária, daí surgiu essa oportunidade pra mostrar meu trabalho e decidi aproveitar”, comenta Catia.
“Sou filha de agricultores. Não vivemos exclusivamente da agricultura, mas temos uma pequena plantação. Eu trabalho como faxineira e faço uma renda extra com a feira”, explicou Rosa.
Para o vice-prefeito Paulinho o funcionamento do quiosque vem ao encontro do plano de desenvolvimento municipal, sendo um complemento ao trabalho que é desenvolvido com a união de esforços de cada uma das partes envolvidas no processo.
“Essa feira cumpre um papel social importantíssimo, além de garantir renda às famílias através de uma venda direta, sem atravessador. Também o consumidor é beneficiado por ter acesso a um produto de qualidade, fresco e saudável. Neste sentido temos buscado fortalecer este espaço e garantir o seu funcionamento”, pontuou o gestor.
A administração municipal avisa que os interessados em ofertar seus produtos da agricultura familiar no quiosque devem protocolar a solicitação no centro administrativo municipal, de acordo com o regramento estabelecido.
Fotos: Ascom Pref. Sentinela do Sul