Morreu, nesta sexta-feira (11), aos 72 anos, o repórter fotográfico Orlando Brito. O artista foi um dos mais premiados fotógrafos brasileiros e, ao longo de sua carreira, registrou diversos acontecimentos referentes à história do Brasil. Também, por meio da captura de imagens, Brito eternizou inúmeros eventos que ocorreram no mundo. O fotojornalista viajou por mais de 60 países e, dentre os momentos cujo Brito vivenciou, ele obteve imagens de competições esportivas, como copas do mundo e jogos olímpicos, fotografou personalidades políticas e registrou histórias de diferentes culturas.
Detentor de muitas conquistas em sua profissão, o fotógrafo foi o primeiro brasileiro premiado pelo World Press Photo Prize, do Museu Van Gogh, na Holanda. Na época, ele atuava no jornal O Globo, e as obras que deram a ele a primeira colocação foram uma sequência de imagens sobre um exercício militar, denominada “Uma missão fatal”. O prêmio é o mais prestigiado e desejado do fotojornalismo do mundo. Também, ganhou 11 vezes o Prêmio Abril de Fotografia.
A respeito de sua trajetória profissional, o repórter e editor fotográfico iniciou sua carreira aos 14 anos, por volta de 1964, como laboratorista no jornal “Última Hora”. Após esse período, Orlando Brito atuou em importantes veículos de comunicação, como O Globo (anteriormente mencionado), revista Veja, redação do Jornal do Brasil e revista Caras. Em 2016, aos 66 anos, criou a agência de notícias ObritoNews. Ainda, o profissional é responsável pela publicação dos livros de fotografia Perfil do Poder (1982), Senhoras e Senhores (1992), Poder, Glória e Solidão (2002), Iluminada Capital (2003) e Corpo e Alma (2006).
Brito estava internado desde início de fevereiro no Hospital Regional de Taguatinga, em Brasília, onde passou por cirurgia no intestino. Entretanto, após complicações, o fotógrafo não resistiu e foi a óbito, deixando uma filha e dois netos.