Foram sancionadas na segunda-feira (4) as Leis 14.394 e 14.392, de 2022, que reconhecem respectivamente as competições do Freio de Ouro a Marcha de Resistência como manifestação da cultura nacional. A sanção foi bastante comemorada pelos dirigentes e membros da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) que neste ano comemora seus 90 anos de fundação.
Ambos os projetos têm a autoria do deputado federal gaúcho Afonso Hamm (PP) que acompanhou o ato da sanção ao lado do presidente da ABCCC, Onécio Silveira Prado Júnior. O relator foi o senador Lasier Martins (Podemos-RS).
“Estas leis nos dão uma segurança muito grande, para o Cavalo Crioulo que hoje cresce no Brasil todo, e tem uma importância fundamental não só no esporte, mas também e principalmente na pecuária e na economia brasileira. Hoje é um dia de muita alegria porque a partir de agora nós temos muito mais segurança, muito mais tranquilidade para trabalhar nessa cadeia produtiva”, declarou o presidente da ABCCC.
Lasier complementou a afirmação de Onécio Prado Júnior acrescentando que a criação de cavalos crioulos possui muita identificação com o Rio Grande do Sul.
“O cavalo crioulo é reconhecido pela legislação estadual do Rio Grande do Sul como o animal símbolo do estado. Ele é responsável por um complexo econômico que movimenta anualmente mais de R$ 1,28 bilhão e emprega mais de 280 mil pessoas em todo o país. Hoje há 400 mil cavalos crioulos no Brasil, que servem como ferramenta de trabalho, de esporte e de montaria”, detalhou.
O Freio de Ouro é uma modalidade esportiva de montaria que completa 40 anos em 2022. Durante o torneio os cavalos crioulos competem quando são rigorosamente avaliadas suas habilidades, características físicas e de trabalho. A principal pista de competição é o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, onde ocorre a maioria das seletivas e sobretudo a final, tradicionalmente realizada durante a Expointer, que é a maior feira agropecuária da América Latina. Em 2021 a final não ocorreu durante a feira por conta dos efeitos da pandemia do coronavírus.
Já a Marcha de Resistência, conforme explica o departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná, é uma prova que consiste em testar a rusticidade, a resistência e a capacidade de recuperação do cavalo em percorrer 750 quilômetros, ao longo de quinze dias. Oriunda da América Latina, a prova foi criada oficialmente em 1971, é regulamentada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), e é utilizada como critério de seleção dentro da raça crioula.
Saiba mais sobre a Marcha da Resistência assistindo o vídeo do canal PROGRAMA CAVALOS.
Com informações de Agência Senado, UFP e ABCCC