Nesta quinta-feira, 14 de maio a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) emitiu uma nota repudiando o comportamento das empresas fumageiras na questão da compra do tabaco dos produtores. O documento também denuncia quebra de acordo por parte das indústrias.
Veja a nota na íntegra:
A Fetag-RS, por meio desta, manifesta sua grande preocupação com a situação atual da fumicultura gaúcha, especialmente em relação a política de comercialização adotada pelas empresas fumageiras.
A postura das empresas é inadmissível diante do cenário que estamos vivenciando, onde os produtores, que já tiveram inúmeras perdas na produção devido as intempéries climáticas (excesso de chuvas e seca), além das dificuldades na comercialização devido a pandemia do COVID-19, agora sofrem com o rigor na classificação, causando perdas ainda maiores na lucratividade.
Não há uma justificativa para esta ação das empresas, tendo em vista que 80 % do tabaco produzido é exportado e o valor do dólar está próximo aos R$6,00.
Outro ponto que preocupa é o corte de produtores que vem sendo realizado por algumas empresas, trazendo incertezas em relação ao futuro da cadeia produtiva. As entidades são contrárias a redução de famílias produtoras para o aumento de área plantada.
Além disso, as empresas estão desrespeitando as regras estabelecidas no Fórum Nacional da Integração do Tabaco – FONIAGRO – durante as negociações de preço, o que tem fragilizado o sistema Integrado do Tabaco, construído ao longo de anos e que serve de referência para as demais cadeias produtivas.
Diante disso, a Fetag-RS e sua Comissão Estadual do Fumo estão cobrando uma mudança de postura das empresas, tanto na comercialização quanto na política que envolve todo o setor fumageiro.
Fonte: Ascom Fetag-RS /Eduardo Malta de Oliveira