O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou nesta quarta-feira (2), em seu portal oficial, a cartilha “A Redação do Enem 2024 – Cartilha do Participante”. Este documento tem como objetivo esclarecer dúvidas e orientar os estudantes sobre os critérios que tornam uma redação bem avaliada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A cartilha apresenta informações detalhadas sobre a matriz de referência utilizada para corrigir as redações, além de exemplos comentados de textos que receberam a pontuação máxima (1.000 pontos) no Enem de 2023. Com isso, os participantes podem ter uma visão mais clara sobre o que é exigido para atingir um bom desempenho na prova de redação.
No dia 3 de novembro, primeiro dia de aplicação do exame, os candidatos deverão redigir um texto dissertativo-argumentativo com até 30 linhas, baseado em uma situação-problema que será apresentada no enunciado. Esse tipo de redação exige uma argumentação bem estruturada e a proposição de uma solução para o problema abordado.
A correção das redações é baseada em cinco competências fundamentais:
- Domínio da norma culta da língua portuguesa;
- Organização e clareza das informações, dos fatos e dos argumentos para defender um ponto de vista;
- Aplicação dos mecanismos linguísticos adequados para a argumentação;
- Capacidade de elaborar uma proposta de intervenção pertinente ao problema discutido;
- Coerência na estrutura do texto dissertativo-argumentativo.
Cada competência será avaliada por dois corretores, que atribuirão notas de 0 a 200 pontos. A nota final do participante será a média entre as duas pontuações. Caso haja uma diferença significativa entre as notas atribuídas pelos avaliadores, um terceiro corretor será chamado para revisar o texto.
É importante que os candidatos evitem erros que possam zerar a redação, como fuga ao tema proposto, escrita de menos de sete linhas, desvio proposital do tema, desobediência à estrutura exigida e desrespeito à seriedade do exame.
O Enem é uma das principais portas de acesso ao ensino superior no Brasil, sendo utilizado por instituições públicas e privadas para selecionar seus estudantes. Além disso, as notas do Enem podem ser utilizadas para programas de financiamento estudantil, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e também são aceitas por instituições de ensino superior em Portugal, que mantêm convênios com o Inep.