A semana começa com a expectativa da instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado. Está marcada para 3ª feira (27.abr.21), às 10h. No mesmo dia, a 1ª reunião deve confirmar Omar Aziz (PSD-AM) na presidência e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como vice.
Na relatoria ficará Renan Calheiros (MDB-AL), que se declarou parcial para assuntos envolvendo Alagoas. O filho é governador do Estado.
Na sequência, devem ser votadas as convocações de pessoas para depor na CPI. Serão chamados os 3 ex-ministros da Saúde de Bolsonaro, possivelmente por ordem de passagem pela pasta.
Ofícios sobre compra e recomendação de cloroquina para covid serão analisados. As negociações de vacinas também ditarão parte dos rumos.
A declaração do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten à revista Veja será explorada. Em uma entrevista, ele relatou ter tentado negociar doses da Pfizer, mas que houve “incompetência” do Ministério da Saúde. Deve ser chamado a depor logo no início dos trabalhos.
Há expectativa para o que pode ser uma grande revelação da CPI. A Pfizer não conseguiu vender vacinas para o governo porque não aceitou oferecer uma quantidade acima do normal de argumentos.
O governo, que tem minoria na comissão, precisará se articular para conter as possíveis acusações e os ruídos que a CPI deve provocar.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu na 3ª feira (13.abr) que a CPI da Covid-19 deverá investigar o dinheiro federal que foi para cidades e Estados, além das omissões do governo federal no combate à doença.
Juntaram-se os pedidos de CPI de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com o governo federal como alvo, e de Eduardo Girão (Podemos-CE), que investiga ilícitos com dinheiro federal em todas as esferas.
O presidente Jair Bolsonaro havia criticado o alcance da CPI e defendido sua ampliação para também investigar governadores e prefeitos.
Fonte: Poder 360