O Instituto Rio Grandense do Arroz elaborou uma projeção do estudo “Custo de produção médio ponderado arroz irrigado safra 2021/2022”. Os dados foram apresentados pelo diretor comercial do Irga, João Batista Gomes, durante a 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que ocorreu de 16 a 18 de fevereiro em Capão do Leão. A produção do saco de arroz em casca de 50 quilos nesta safra no RS resultou em um custo médio ponderado de R$ 90,74 neste cálculo preliminar.
O custo por hectare ficou em R$ 15.074,10, considerando uma média de produtividade de 8.306,5 – 166,13 sacos/ha (média das últimas três safras no RS). Na comparação com a safra 2020/2021, a projeção do custo por hectare cultivado registrou elevação de 30,31%. No ano passado, o levantamento revelou o custo em R$ 11.567,74 por hectare, com produtividade média de 159,05 sacos/ha (média RS das últimas três safras).
Os dados foram coletados pelos 37 Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia sediados no interior do Estado. O cálculo foi elaborado pelo Setor de Política Setorial da Diretoria Comercial do instituto. A metodologia utilizada pelo Irga nesta análise preliminar é a mesma dos anos anteriores para a elaboração do custo oficial, mas alguns itens não estão consolidados.
O diretor comercial do Irga alerta que se trata de uma projeção. “Importante enfatizar que essa tabela é apenas uma previsão. Esse levantamento engloba alguns itens já consolidados, mas outros dados foram calculados com base no custo da safra passada com aplicação do índice de inflação do Ibge e ainda serão apurados após a colheita. A planilha definitiva do custo de produção da safra 2021/2022 deve ser divulgada após a conclusão dos trabalhos de colheita do arroz no Estado”, acrescenta.
“O produtor deve estar atento este ano, porque alguns insumos já subiram muito, principalmente o fertilizante, o que pode se agravar agora com a questão da guerra entre Rússia e Ucrânia. Uma forma do produtor fazer frente ao custo elevado é utilizar tecnologias como rotação de culturas, pois assim dilui os custos, otimiza mão de obra e maquinário, dando assim condições para uma maior rentabilidade”, recomenda Gomes.
Fonte: Irga