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sexta-feira, abril 26, 2024

Jonathan uma tartaruga é considerado o animal mais velho do mundo

Jonathan vive na ilha de Santa Helena, território ultramarino britânico, no Atlântico Sul e mora na residência oficial do governo local, uma mansão georgiana

Um animal que viveu o final da Revolução Industrial, passou pelas duas guerras mundiais, pela guerra fria, queda da União soviética e por inúmeras outras mudanças no mundo, é o mais velho do mundo.

Nascido por volta de 1832 – cinco anos antes da coroação da rainha Vitória – Jonathan, a tartaruga, completou neste ano de 2021 a incrível marca de 189 anos. Isso faz dele o animal terrestre mais antigo conhecido hoje em dia.

Seu ano de nascimento estimado também é anterior ao lançamento do Penny Black, o primeiro selo postal (1840), a construção do primeiro arranha-céu (1885) e a conclusão da Torre Eiffel (1887) – a estrutura de ferro mais alta.

Outros marcos humanos que ocorreram em sua longa vida incluem a primeira fotografia de uma pessoa (1838), a primeira lâmpada incandescente (1878) e o primeiro vôo motorizado (1903).

Uma foto datada de c. 1882–1886 tomadas nos terrenos de Plantation on St Helena – pouco depois de Jonathan chegar à ilha (Jonathan é mostrado à esquerda)

Reconhecido desde 2019 pelo Guinness World Records como o animal terrestre mais velho do mundo, Jonathan vive na ilha de Santa Helena, território ultramarino britânico, no Atlântico Sul e mora na residência oficial do governo local, uma mansão georgiana. Ele chegou na ilha quando tinha aproximadamente 50 anos e foi um presente para o então governador do território, William Gray-Wilson. Hoje, ele compartilha sua casa com mais quatro tartarugas, David, Emma, ​​Frederika e Myrtle. Nenhuma das três fêmeas pode acasalar com Jonathan, informou a agência Saint Helena’s Info.

Por conta da avançada idade, Jonathan apresenta cegueira, falta de olfato e outras deficiências causadas pela longevidade. Isso tem dificultado a alimentação do animal, que precisou passar por uma dieta hipercalórica rica em vitaminas, incluindo maçãs, cenouras, pepinos, bananas e goiaba, para recuperar sua saúde e vigor, revelou o veterinário Joe Hollins à revista National Geographic.

Jonathan iniciou sua dieta com 183 anos para poder viver mais

“Uma vez por semana eu o alimento na mão para aumentar sua ingestão de calorias. Depois de sua refeição, eu limpo seu queixo, coço sua garganta e desejo-lhe tudo de bom”, explicou Hollins. Jonathan se recupera bem com essa nova alimentação.

Durante muito tempo, Jonathan foi identificado como uma tartaruga de Aldabran do atol de Aldabra, que faz parte do arquipélago de Seychelles. (Todas as outras tartarugas com as quais ele vive são Aldabrans.) No entanto, um exame mais detalhado de sua concha pelo Seychelles Nature Trust (e vários outros profissionais zoológicos) leva a crer que ele é uma tartaruga gigante das Seychelles muito mais rara.

“Há uma chance de ele cair morto amanhã ou viver até os 250 anos e ver todos nós fora”, destacou Hollins.

A espécie já foi considerada extinta

A espécie de Jonathan é originária das Seychelles e bastante rara. Ela já foi considerada extinta, mas segundo o Grupo de Especialistas em Tartarugas e Tartarugas Aquáticas da União Internacional para a Conservação da Natureza, deve existir cerca de 80 tartarugas de Seychelles em todo mundo.

Jonathan vive na ilha de Santa Helena, território ultramarino britânico, no Atlântico Sul e mora na residência oficial do governo local

Apesar dos problemas de saúde, Jonathan tem uma excelente audição e parece estar forte para viver muito mais. A expectativa de vida de sua espécie é de 150 anos e o animal já superou mais de 40 anos desse marco. A tartaruga já viveu mais que a pessoa mais longeva registrada no mundo: a francesa Jeanne Calment (1875-1997), que atingiu 122 anos.

Outros animais de vida longa incluem a hidra (um animal marinho que pode ser imortal) e um coral do fundo do mar de aproximadamente 4.200 anos que vive na costa havaiana.

A casa de Jonathan é o gramado bem cuidado de “Plantation”, uma mansão georgiana construída pela Companhia das Índias Orientais em 1791-92. Hoje, ele compartilha o terreno com outras três tartarugas gigantes: David, Emma e Fred.

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Redação CLICR
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