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domingo, maio 19, 2024

Marilene Galvão da dupla “As Galvão” morre aos 80 anos

Irmã mais nova, Marilene Galvão, morreu na quarta-feira (24). Com a irmã Mary, cantora viveu a carreira de mais de 70 anos, iniciada ainda na infância no interior de São Paulo.

Nesta semana o universo sertanejo se despediu de uma das responsáveis por abrir o caminho do estilo musical para as mulheres. A cantora Marilene, da dupla as Galvão, se despede de fás, amigos e familiares aos 80 anos.

Marilene, da dupla As Galvão, morre aos 80 anos em São Paulo — Foto: Divulgação

Nascida em Palmital, Marilene formou com a irmã mais velha, Mary Galvão, nascida em Ourinhos, a dupla com a carreira de mais de 70 anos.

As Irmãs Galvão no início da carreira — Foto: Reprodução / Site oficial As Galvão

As duas cresceram no distrito de Sapezal, em Paraguaçu Paulista, onde começaram a cantar ainda crianças, como lembrou a Mary em entrevista à TV TEM em 2013. Naquele ano foi inaugurado um memorial no distrito que conta a história da dupla, que começou a cantar nos anos 1940.

As Galvão

Nas paredes do Memorial, estão as fotos, homenagens, discos, troféus e instrumentos que contam a história da carreira de sucesso das Galvão.

Ao longo da carreira, a dupla lançou 80 discos. O fim da dupla foi anunciado por Mary Galvão em entrevista a André Piunti, publicada no YouTube em 19 de junho de 2021. O motivo do término era o avanço do Alzheimer que obrigou Marilene a se retirar de cena pela perda total de memória.

A dupla se consagrou como pioneira no universo da música caipira. As irmãs entraram no ramo como sendo as duas primeiras mulheres do cenário sertanejo, então dominado pelo elenco masculino.

Além de cantar, Mary Galvão tocava sanfona na dupla. Já Marilene Galvão tocava viola enquanto unia a voz com a da irmã em músicas como Beijinho Doce (Nhô Pai, 1945), clássico sertanejo lançado pelas Irmãs Castro, mas desde sempre associado às vozes das irmãs Galvão.

A partir dos anos 1990, a discografia foi ficando cada vez mais espaçada na medida em que a dupla passava a ser cada vez mais reconhecida pelo fato de, no rastro das Irmãs Castro, Mary e Marilene terem imprimido assinatura vocal feminina na música sertaneja quando que somente os homens cantavam modas caipiras.

Essa trajetória pioneira foi celebrada em 2017, ano em que as Galvão festejaram sete décadas de carreira, com a edição do DVD “Soberanas – 70 anos ao vivo” e com o documentário “Eu e minha irmã – A trajetória das Irmãs Galvão”, dirigido por Thiago Rosente.

Para rever fotos e músicas clique AQUI e visite o site “AS GALVÃO” 

Informações: g1 Bauru e Marília

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Redação CLICR
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