Unidades do Ministério Público de 17 estados brasileiros realizaram, durante esta semana, uma operação nacional com o objetivo de identificar desmatamentos em áreas de Mata Atlântica, punir os responsáveis e cobrar a reparação dos danos.
Em sua terceira edição (segunda em nível nacional), a operação “Mata Atlântica em Pé”, contou com a participação de polícias ambientais e órgãos públicos da área, sob a coordenação, em âmbito nacional, do Ministério Público do Paraná, por meio do promotor de Justiça Alexandre Gaio, que atua junto ao Centro de Apoio Operacional e às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo.
No Rio Grande do Sul, conforme os técnicos da Sema, Fepam e Ibama, foram constatados no Estado, 76 hectares de desmatamento (mais 24 ainda em apuração) nos 29 polígonos fiscalizados. As equipes lavraram um total de 21 autos de infração ambiental e aplicaram em torno de R$ 1,2 milhão em multas. Foram fiscalizados, no total, onze municípios: Santa Cecília do Sul, Água Santa, Vila Lângaro, Ciríaco, Pontão, Sertão, Campestre da Serra, Lagoa Vermelha, Nova Alvorada, Arroio Grande e Erechim.
Conforme Martini, os números apresentados demonstram uma perda progressiva de área de Mata Atlântica no RS. “Temos entre 7 e 8% remanescente deste bioma, o que é muito pouco para um estado com tradição em preservação do meio ambiente”, disse o promotor.
Martini destacou, por fim, a importância da união entre os órgãos públicos. “Permanecemos mobilizados, em que pese as dificuldades”, destacou ele, lembrando que o trabalho não termina aqui. Agora, serão instaurados os procedimentos administrativos, inquéritos civis para buscar a recuperação dessas áreas e, em alguns casos, a aplicação das responsabilizações penais.
Com informações da rádio Acústica FM.