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quinta-feira, novembro 21, 2024

Ministério da Saúde lança campanha nacional de combate à dengue, zika e Chikungunya

A ação alerta a população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito

 

Para reduzir os casos e óbitos por dengue, chikungunya e zika no próximo período sazonal no Brasil, o Ministério da Saúde lança, a partir desta terça-feira (8), uma campanha nacional de conscientização e mobilização. Nos canais digitais da pasta, a veiculação começa hoje. Já nos canais abertos de televisão, rádio e locais de grande circulação, a ação será iniciada na quarta-feira (9). O objetivo principal é chamar a atenção para a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti e incentivar a população a dedicar 10 minutos por semana para combater os focos de reprodução do inseto.

Com o slogan “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora“, a campanha orienta a população sobre a importância de remover criadouros do mosquito e oferece informações sobre diagnóstico precoce, cuidados médicos, riscos da automedicação e localização de postos de saúde. A divulgação será feita amplamente, utilizando TV aberta, rádio, internet, carros de som e pontos de grande circulação em todas as regiões do país.

Essa iniciativa faz parte de um conjunto de medidas do Ministério da Saúde para reforçar a prevenção e o controle dessas doenças, além de assegurar assistência à população durante os períodos de maior risco. A abordagem visa aumentar a conscientização e promover ações práticas que podem reduzir significativamente a proliferação do mosquito transmissor.

 

Plano contra arboviroses

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, enfatizou que o governo está se preparando para o próximo período de chuvas, com foco na redução de casos e mortes por arboviroses. “Estamos implementando um plano de trabalho baseado na vigilância, no controle do mosquito transmissor e no fortalecimento das redes de saúde, especialmente em áreas periféricas. Entre as ações, estamos utilizando as Estações Disseminadoras de Larvicida, que ajudam a reduzir o desenvolvimento de larvas nos criadouros”, afirmou Nísia.

Além disso, a ministra destacou a vacinação contra a dengue como uma estratégia importante, embora ainda limitada pela disponibilidade de doses fornecidas pelos fabricantes. “O público e locais ainda são restritos em nosso país devido ao quantitativo limitado da vacina que recebemos dos fabricantes”, explicou ela, ressaltando a importância de uma solução a longo prazo.

Em discurso sobre mudanças climáticas durante a sessão plenária do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) em Washington, DC, no dia 1º de outubro, Nísia Trindade reafirmou o compromisso do Brasil em liderar discussões, como atual presidente do G20, sobre a relação entre mudanças climáticas e o aumento de doenças transmitidas por vetores, como a dengue.

Investimentos e prevenção

Em paralelo, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, junto com a ministra Nísia Trindade, lançou recentemente o Plano de Ação 2024/2025, destinado a reduzir os impactos da dengue e outras arboviroses no Brasil. O plano, que conta com um investimento de R$ 1,5 bilhão, tem como objetivo diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche durante o próximo período sazonal.

Desde 2023, o Ministério da Saúde vem monitorando de perto o cenário epidemiológico das arboviroses e investindo na preparação de estados e municípios. Foram destinados R$ 2,7 bilhões ao combate dessas doenças em 2023, incluindo repasses adicionais para aquisição de inseticidas, biolarvicidas, insumos laboratoriais e para o custeio dos Agentes de Combate às Endemias (ACEs). Em 2024, até setembro, o montante executado já chegou a R$ 2,4 bilhões, com a previsão de superar o total investido no ano anterior.

 

Número de casos

Até 1º de outubro de 2024, o Brasil registrou 6.533.585 casos prováveis de dengue. Em 2023, o número foi de 1.649.146 casos. No que se refere ao zika, até 21 de setembro deste ano, foram 6.311 casos prováveis, em comparação com os 11.534 de 2023. Quanto à chikungunya, até o início de outubro de 2024, foram contabilizados 258.396 casos prováveis, enquanto no ano anterior esse número chegou a 158.060.

A campanha, o plano de ação e os investimentos buscam reforçar o controle dessas doenças e oferecer proteção à população, especialmente em áreas mais vulneráveis, durante os períodos críticos.

Redação CLICR
Redação CLICR
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