Em informação divulgada na tarde desta quarta-feira, 07 de julho, o Ministério Público em Camaquã confirma que denunciou, em 10 de junho, uma mulher de 35 anos pelo assassinato de seu ex-companheiro, Erni Pereira da Cunha, cometido em fevereiro deste ano no município de Dom Feliciano. A mulher foi acusada pelo promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio cruel), ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
No dia 15 de fevereiro, por volta de meio-dia, a denunciada fez um suco de laranja na residência da vítima e colocou junto dois comprimidos de Diazepam antes de oferecer ao companheiro, que estava alcoolizado. Meia hora depois de tomar, Cunha adormeceu. Em torno de 14h, a vítima tentou sair de casa para ir a um bar, mas caiu no chão, o que oportunizou à acusada levá-la desacordada até a estufa da propriedade, colocá-la em cima de uma tábua e empurrá-la para dentro da fornalha.
Após, a denunciada colocou lenha e fogo na fornalha, queimando por completo o corpo de seu então companheiro, ainda desacordado, e seu aparelho celular. Dois dias depois, a acusada foi até a Delegacia de Polícia de Dom Feliciano com uma declaração falsa de desaparecimento de Cunha, de modo que pudesse ocultar o fato do homicídio que havia cometido.
O crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois a acusada ministrou remédio sedativo ao ofendido, sem que esse soubesse, o que o deixou vulnerável e desacordado para que a denunciada pudesse praticar o delito. O crime foi praticado com emprego de meio cruel, visto que a denunciada moveu o corpo desacordado da vítima até uma fornalha na estufa da residência e ateou fogo. Após a denunciada matar o companheiro queimado na fornalha da estufa da residência, a mesma continuou alimentando o fogo por cerca de três dias, com o intuito de eliminar vestígios do cadáver.
Fonte: Ministério Público RS