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quinta-feira, janeiro 30, 2025

Natal de 2024 deve impulsionar o varejo com faturamento de R$ 69,75 bilhões

Mesmo com crescimento real de 1,3%, o faturamento previsto para o varejo neste Natal ainda não retornará aos níveis pré-pandemia, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A estimativa é que o setor movimente R$ 69,75 bilhões, enquanto em 2019 o montante foi de R$ 73,74 bilhões.

Os segmentos que lideram a movimentação financeira são os super e hipermercados, responsáveis por 45% do total, o equivalente a R$ 31,37 bilhões. Em seguida, itens de vestuário, calçados e acessórios representam 28,8% das vendas (R$ 20,07 bilhões), enquanto artigos de uso pessoal e doméstico somam 11,7% (R$ 8,16 bilhões).

De acordo com José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, “a dinâmica de consumo neste final de ano está favorecendo o incremento das vendas, mas o aperto monetário promovido pelo Banco Central desde setembro tem impactado o consumidor, refletindo em um crescimento menos expressivo comparado a 2023, quando o aumento projetado foi de 5,6%.”

No âmbito das contratações temporárias, o cenário também é moderado. A CNC projeta a abertura de 98,1 mil vagas temporárias para atender à demanda do Natal, uma redução de 2,3 mil postos em relação ao ano anterior. Segundo Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, essa queda ocorre porque o mercado de trabalho do setor cresceu cerca de 3% ao longo do ano, com a criação de mais de 240 mil empregos permanentes.
“Isso reduz a dependência do varejo por contratações temporárias. Além disso, há expectativa de que cerca de 8 mil desses temporários sejam efetivados em 2025”, explicou Bentes.

Por outro lado, a desvalorização cambial deve impactar os preços dos produtos natalinos. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), os valores cresceram 5,8% nos últimos 12 meses. Produtos como livros (12%), cosméticos para a pele (9,5%) e alimentos (8,3%) lideram as altas. Em contrapartida, itens como bicicletas (-6,2%), celulares (-5,5%) e brinquedos (-3,5%) devem apresentar queda de preços.

Regionalmente, os estados de São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) concentram 55,5% do faturamento previsto. Destaque também para o Paraná e a Bahia, com os maiores avanços projetados, de 5,1% e 3,6%, respectivamente.
Mesmo com os desafios econômicos, o Natal de 2024 promete um importante aquecimento no varejo, mantendo o feriado como um dos principais motores do consumo anual.

Informação: Agência Brasil.

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