O município chegou ao seu nono caso de coronavírus confirmado nesta quarta-feira, 15 de julho. Desta vez é uma menina, de 03 anos (três anos), que já estava em monitoramento por ter casos positivos na família. A paciente não apresentou sintomas, permanece em observação domiciliar e passa bem.
O aumento progressivo de Covid-19 no município e na região nos últimos dias tem assustado as autoridades municipais e sobretudo os gestores de saúde uma vez que está confirmada a deficiência da estrutura pública de atendimento, de maneira que a conquista de uma vaga num leito de Unidade de Terapia Intensiva – UTI depende de uma peregrinação imensa e pode significar a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa infectada.
Embora uma parcela da população esteja se mostrando consciente e preocupada em seguir os protocolos de segurança, com o distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos, ainda há uma grande porcentagem que ignora estes cuidados e desobedece as determinações. Basta uma passada pela cidade ou mesmo em bares pelo interior do município para flagrar aglomerações desnecessárias e irresponsáveis, sejam em filas de supermercados, lotéricas, bancos, agropecuárias e outros ou ainda em festas particulares (jantas, churrascos, jogos).
A estrutura pública municipal tem empenhado esforços dentro das limitações impostas e diversas ações para combater o contágio vêm sendo executadas, incluindo a implantação de uma estrutura exclusiva para atendimento de casos de pacientes com Síndrome Gripal, barreiras sanitárias, desinfecção das ruas e calçadas, monitoramentos, entre outros.
Reiteradamente as orientações preventivas são repassadas à comunidade por meio de carros de som, notas na imprensa ou nas próprias unidades de saúde, contudo o controle de contágio foge das mãos da administração pública quando a população deixa de colaborar e até duvida de informações.
A Vigilância Epidemiológica alerta que a situação pode piorar bastante caso não seja respeitado o isolamento social e faz um apelo aos pacientes sob monitoramento para que permaneçam em casa até ter o diagnóstico confirmado ou descartado para COVID-19, aguardando o prazo de 14 dias determinado.
“É fundamental que todos entendam que estamos passando por um período bem complicado e que só devem vir à cidade quando extremamente necessário, e ainda assim que seja apenas uma pessoa da família e tomando todos os cuidados necessários. Não queremos perder mais vidas. Estamos cansados”, desabafou Fabiane, chefe da Vigilância Epidemiológica municipal.