O PIX é o mais novo sistema de pagamentos instantâneo criado pelo Banco Central, e estará disponível aos brasileiros a partir do mês de novembro. A expectativa é que haja uma revolução no mercado financeiro, uma vez que aumentará a competição entre as empresas, incluirá mais pessoas no sistema bancário, facilitará as transações e, o mais importante, com custo bem baixo aos usuários (será gratuito para pessoas físicas e MEIs).
“As transações realizadas pelo PIX estarão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semanas e 365 dias por ano, e basta apenas dez segundos para que o dinheiro seja repassado de um ‘bolso para o outro’”, explicou o Professor Carlos Afonso, que além de educador financeiro, é contabilista e administrador. “Ainda, permitirá o pagamento de tributos (inicialmente os federais) e contas de consumo. No breve futuro (projeto para 2022 / 2023), serão efetuados pagamentos internacionais”, completou ele, que também é autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho.
Atualidade
Hoje, os brasileiros utilizam boletos, DOC e TED para fazer pagamentos, com altas tarifas por transações (alguns bancos chegam a cobrar mais de R$ 10,00), e o crédito demora para ser repassado. “Os boletos são creditados em conta, na melhor das hipóteses, no dia seguinte ao pagamento; mas em alguns casos, podem ser creditados entre dois e três dias após o pagamento, de acordo com o contrato de cobrança do banco. Por isso, a chegada do PIX transformará o sistema de pagamentos brasileiro”, apontou Professor Carlos.
As tarifas cobradas pelos bancos acarretam uma significativa elevação nas despesas financeiras das empresas, principalmente, se o volume de boletos e DOC / TED emitidos por mês for muito alto. Com o PIX, projeta-se uma perda de até 8% na receita dos bancos.
Múltiplas formas de pagamentos
O Banco Central informa que a gestão de pagamentos será realizada por meio de QR Code Estático, QR Code Dinâmico ou chave de endereçamento cadastrada no aplicativo do banco que a pessoa / empresa tiver conta). Assim como o DOC e o TED aparecem no aplicativo do banco como uma das opções de pagamento, o PIX também aparecerá.
“Até o momento, quase 25 milhões de chaves já foram cadastradas. O cadastramento pode ser feito com o CPF, CNPJ, e-mail ou número de telefone, e o usuário poderá ter duas chaves distintas (e é justamente por isso, que o mercado financeiro está a todo vapor, na tentativa de fidelizar ao máximo o cliente, uma vez que o PIX trará a perda de receita aos bancos)”, destacou o Professor Carlos.
O PIX também promoverá a inclusão financeira de uma parcela da população que não possui conta bancária e, neste sentido, as fintechs estão atentas para aumentar a sua fatia no mercado, trazendo para dentro de suas estruturas esse perfil de cliente.
O futuro será promissor, com pagamento por uma simples leitura de QR Code através do celular, fornecido pelo recebedor ou por tecnologia de aproximação.
Alerta
Devido a velocidade da transação, a compra não poderá ser cancelada ou alterada após a confirmação do pagamento. A funcionalidade está disponível, porém, só poderá ser realizada pelo recebedor do dinheiro.
“É extremamente importante saber quando usar o PIX. Quando usamos o cartão de crédito e o produto não chega ou vem com defeito, ou não atinge as expectativas, o comprador pode pedir o estorno da operação ao banco ou diretamente a bandeira. O PIX não oferece essa possibilidade (chargeback – devolução automática do dinheiro)”, chamou a atenção o Professor Carlos.
Fraudes
Existe uma preocupação do sistema financeiro com relação a segurança das transações realizadas, bem como possíveis fraudes. Inclusive, já existem rumos de supostos golpes de e-mails de bancos solicitando ao cliente o “clique no link” para receber a adesão ao PIX. “Fique atento, pois e-mail marketing está sendo espalhado para a propagação de certos tipos de vírus em computadores. Se a pessoa quiser se cadastrar no PIX, deverá fazer diretamente pelo internet banking ou pelo aplicativo do banco”, encerrou o Professor Carlos.
Sobre o Livro Organize suas finanças e saia do vermelho
De leitura fácil e rápida compreensão, o livro Organize suas finanças e saia do vermelho foi lançado em agosto de 2017, pelo especialista em finanças, Professor Carlos Afonso, que é administrador, contabilista e sócio-diretor do Grupo MCR.
O autor traz conceitos fundamentais para uma boa educação financeira, a fim de evitar que as pessoas adquiram o endividamento financeiro ou, se a dívida já existe, há dicas de como sair dela. Além disso, a obra ensina o leitor a pensar no futuro e, de maneira confortável, fazer o seu “pé de meia”.
“Organize suas finanças e saia do vermelho” traz uma luz sobre esse importante assunto e que afeta a vida de qualquer pessoa desde o nascimento até o último suspiro. Relacionar-se bem com o dinheiro garante sustentabilidade financeira e uma vida melhor livre de privações. (http://www.livrosaiadovermelho.com.br/)
Fonte: Liberdade de Ideias – Jornalismo e Comunicação Integrada