Movistar Plus+ abre nesta segunda-feira 512 Março da série ‘O Quinto Dia’ , a adaptação do best-seller homônimo de Frank Schätzing.
A série, que é descrita como um dos mais importantes projetos de televisão europeus atuais , narra a luta da humanidade contra um organismo marinho inteligente que está se rebelando para garantir a sobrevivência de seu ambiente.
Quando o tratamento imprudente dos oceanos ameaça seu habitat natural, ele contra-ataca. Em muito pouco tempo, o destino do planeta é deixado nas mãos de um pequeno grupo de cientistas .
A série de 8 episódios, que estreará com um capítulo semanal, é criada e produzida por Frank Doelger (Game of Thrones). Estrelando Alexander Karim, Cécile de France, Leonie Benesch, Joshua Odjick, Barbara Sukowa, Krista Kosonen, Takuya Kimura e Oliver Masucci.
Primeiras impressões de O quinto diaDepois de uma longa produção que durou quase 03 anos entre idas e vindas, chega à Movistar Plus+ uma nova série europeia que propõe uma outra espécie de apocalipse ecológico. Também produzido em conjunto com o Japão para tentar repetir o sucesso de ‘The Head’, desta vez o planeta enfrenta uma ameaça marinha que, não iremos negar que é muito surpreendente . Também não é que o romance de Schätzing seja exatamente o cúmulo da originalidade, mas é aquele tipo de história que sempre funciona bem em audiovisuais. Somos masoquistas e adoramos ver nosso próprio mundo queimar, o que vamos fazer com ele?
Mas isso é uma ficção que, tipo ‘ Jaws’ na época, parecia destinado a criar em nós novas fobias quando o assunto é o mar. O que acontece é que desde o início os atores não parecem estar realmente envolvidos na produção . Há um ar de relutância, de passividade, de cumprir o contrato para passar rapidamente para outra coisa . E isso, junto com uma direção gelada e um roteiro que dá a mesma sensação faz com que a série não gere emoção, nem terror, nem sinta nada dessa ameaça global que é suposto que está prestes a acabar com tudo. Parece até que ninguém leu o livro.
A história parece esticada para cumprir a cota do episódio. Na verdade, seu episódio piloto poderia ter sido mais longo, já que a primeira hora e meia da série é uma longa introdução de personagem com quase nada de substancial acontecendo . A partir daí, nestes três primeiros capítulos que pudemos ver, continua a haver uma autoabsorção em seus protagonistas acima do elemento apocalíptico . Tudo bem se eles fossem minimamente interessantes, se esse elenco internacional desperdiçado desse mais de si e se o roteiro fosse um pouco bem-sucedido. Infelizmente, não é o caso.
Além disso, tecnicamente está muito abaixo do que você esperaria, começando com um trabalho de câmera que parece não ter clareza sobre o que quer contar até atingir um recorte visual geralmente bastante justo para o orçamento de que se vangloria É como se tudo tivesse sido improvisado na hora em cada sequência. E pode ser que ‘O quinto dia’ cumpra sua função de entreter mais de um espectador, mas esta é uma adaptação fria e sem alma que neste momento não está à altura daquele que deveria ser “um dos mais importantes projetos televisivos europeus da actualidade”. Uma pena.
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