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sábado, novembro 16, 2024

Os 6 piores anos para se viver na história da humanidade

Talvez você afirme estar vivendo os piores tempos da história da humanidade por causa da pandemia do coronavírus, mas se você acredita que as coisas estão piorando a cada ano que passa, saiba que, provavelmente, a situação já foi muito pior.

O fato é que existem na história algumas datas que são verdadeiramente terríveis. Para mostrar a você que talvez o que estamos vivendo não esteja sendo tão tenebroso assim, ainda que horrível, de qualquer forma, apresentamos os 6 piores anos para se viver na história da humanidade.

  1. Ano 536
(Fonte: The Collector/Reprodução)

O ano é 536 d.C. e uma névoa cobria a Europa, o Oriente Médio e parte da Ásia. O Sol perdeu seu brilho, e a temperatura nessas partes do mundo caiu. Parece roteiro de filme de terror, mas isso realmente aconteceu. Então, o ano 536 é considerado, por historiadores, o pior ano para se estar vivo.

Pesquisas afirmam que o nevoeiro teria ligação com grandes erupções vulcânicas ocorridas na região que compreende a Islândia. Fome, adoecimento de famílias inteiras e crises econômicas se espalharam. Seus impactos teriam chegado a criar outro período sombrio da humanidade, conhecido pela praga de Justiniano.

  1. Ano 541: a praga de Justiniano
(Fonte: Brewminate)

A precursora de todas as pandemias da história tem data: 541 d.C. Chamada de praga de Justiniano, ela era transmitida pela picada de pulgas de ratos infectados. Originada no Egito, chegou à Constantinopla, capital do Império Bizantino, e se alastrou pela Síria, Europa e Ásia Menor — hoje Turquia.

Estima-se que mais de 25 milhões de pessoas tenham morrido em decorrência da doença. Foi batizada dessa maneira porque as tropas justinianas teriam ajudado a propagá-la.

  1. Ano 1347: a peste bubônica
(Fonte: History)

A peste bubônica tornaria a assolar a Europa no século XIV. Ela é um marco importante na transformação da sociedade e da economia na era medieval. Estima-se que a peste tenha ceifado a vida de mais de 50 milhões de pessoas. Só a Europa teria perdido quase metade de sua população.

A origem é semelhante à praga de Justiniano, com roedores carregando a doença trazidos em barcos de mercadores italianos, encontrando, na Europa, um terreno fértil para fazer um verdadeiro estrago em todas as camadas sociais.

  1. Ano 1520: a epidemia de varíola nas Américas
(Fonte: Science)

A chegada dos europeus nas Américas foi determinante para a história dos continentes. Um dos primeiros impactos está diretamente relacionado com as doenças trazidas pelos colonizadores ao continente. As populações originárias, até então isoladas, passaram a sofrer com os patógenos mortais carregados de seus países de origem.

Sarampo, gripe, peste, malária, difteria, tifo e cólera causaram estragos, mas foi a varíola a maior responsável por eliminar cerca de 20 milhões de indígenas. Pesquisas indicam que, ao longo de cem anos, as comunidades indígenas foram reduzidas de 60 milhões de pessoas para apenas 5 ou 6 milhões, muito por causa das doenças trazidas pelos europeus.

  1. Ano 1918: Primeira Guerra Mundial e a gripe espanhola
(Fonte: Folha de São Paulo)

A Primeira Guerra Mundial e a gripe espanhola fizeram muitos estragos. Imagine que uma terrível guerra toma conta de parte considerável da Europa e acaba com a vida de 8 milhões de pessoas. Agora, junte a isso uma epidemia severa de gripe, em período cujos avanços vacinais fossem limitados.

Pois é, 1918 foi um dos anos mais terríveis e desastrosos da humanidade. A epidemia de gripe — a maior do século XX — partiu de uma variante do vírus Influenza vinda dos porcos. Sua origem seria uma base militar nos Estados Unidos que treinava americanos para a Primeira Guerra Mundial. Adoecidos, eles embarcaram para a Europa, onde a doença se alastrou.

A gripe espanhola, que de espanhola não tem nada, matou ao menos 50 milhões de pessoas em 1 ano, número que pode ter sido muito maior. Mesmo no Brasil, 35 mil pessoas morreram, entre elas, o presidente Rodrigues Alves.

  1. Ano 1929: a Grande Depressão
(Fonte: Suno)

Parece óbvio que um ano conhecido como Grande Depressão deve ter sido bem ruim. Foi dessa maneira que batizaram a crise de superprodução de 1929, resultado do colapso do capitalismo e do liberalismo econômico.

Uma grande recessão econômica estourou nos Estados Unidos, que já eram a maior economia global. Apesar do boom da economia na década de 1920, os baixos salários fizeram que o aumento da produção não fosse acompanhado pelo aumento do consumo. Com pouco dinheiro, milhares de pessoas que tinham ações em empresas americanas decidiram comercializá-las.

O pico de vendas do dia 24 de outubro de 1929 resultou na quebra da Bolsa de Nova York, também conhecida como “quinta-feira negra”. Era a quebra da economia que, à época, era a maior credora do mundo, responsável por produzir 42% de todos os bens industrializados e por comprar 40% das matérias-primas das 15 nações mais comerciais do mundo.

Fonte: Maura Martins

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