Nesta segunda-feira (9), a Petrobras anunciou reajuste de 8,87% no preço do diesel para as distribuidoras. Segundo a estatal, a partir de amanhã (10) o preço médio do litro passará de R$ 4,51 para R$ 4,91.
A empresa informa que esse é o primeiro reajuste do combustível em 60 dias. Com a nova correção, o diesel acumula alta de 47% nas refinarias da Petrobras neste ano.
Em comunicado, a Petrobras afirmou que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel no diesel comercializado, “a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba”. Com isso, acontece uma alta de R$ 0,36.
O aumento “segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, afirma a empresa. Ainda, conforme apontado pela Petrobras, o último reajuste, que ocorreu em 11 de março, refletiu “apenas parte da elevação observada nos preços de mercado”.
A justificativa para o aumento é que o balanço global de diesel está sendo impactado por uma redução da oferta frente à demanda. Em nota, a empresa diz que “os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”.
A empresa ressaltou que suas refinarias estão operando próximo ao nível máximo, não havendo como aumentar a capacidade interna de refino para atender toda a demanda do país. Atualmente, aproximadamente 30% do consumo brasileiro de diesel vem de outros refinadores ou importadores. “Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, explica a Petrobras.