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sábado, julho 27, 2024

PF investiga médicos suspeitos de fraudar registro do ponto no Hospital Conceição

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (28), a Operação Hipócrates, que apura crimes de peculato, falsidade ideológica e estelionato contra o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Porto Alegre.

Conforme a polícia, dez médicos, com salários que variam entre R$ 14 mil e R$ 31 mil, estariam fraudando o registro de ponto para mentir sobre a presença no local de trabalho.

A investigação iniciou há cerca de seis meses, após uma denúncia anônima informar que os profissionais registravam o início da jornada de trabalho e saíam do hospital para outras atividades, principalmente atendimento em clínicas particulares e outros hospitais. Ao final do expediente, os médicos retornavam para o fechamento do ponto.

A operação realizada nesta terça-feira mobilizou 42 policiais federais, que cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em hospitais, clínicas e consultórios em Porto Alegre.

A PF alerta que a fraude traz prejuízos financeiros significativos ao HNSC, que não recebe a prestação do serviço contratado, além de afetar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que contam com menos médicos efetivamente trabalhando.

Confira a nota divulgada pelo hospital

“Na manhã desta terça-feira, 28/11, o Grupo Hospitalar Conceição tomou conhecimento da operação Hipócrates quando policiais chegaram ao Centro Administrativo para realizar busca e apreensão de dados relacionados à atividade funcional de médicos investigados por fraude no ponto eletrônico. O GHC abriu, nesta manhã, sindicância interna investigativa para apurar administrativamente as denúncias e tomar as medidas cabíveis.

A instituição está colaborando com as investigações da Polícia Federal e fornecendo todas as informações necessárias para o andamento das apurações. O Grupo reafirma que não compactua e não compactuará com fraudes e irregularidades que prejudiquem o bom andamento do hospital e da assistência aos usuários do SUS.

Aqueles profissionais que tiverem comprovadas as irregularidades no exercício de suas atividades serão demitidos de seus cargos no GHC.”

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