Está marcado para os dias 16 e 17 de janeiro, na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag), em Porto Alegre, uma nova rodada de reuniões para a definição do preço do tabaco para a safra 2018/2019. Em reunião realizada nos dias 5 e 6 de dezembro, em São José/SC – não houve acordo.
Segundo o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, no início de cada reunião, individualmente com as indústrias fumageiras, as entidades e as empresas apresentaram os custos de produção para a safra 2018/2019, bem como a variação deste custo, entre as safras 2017/2018 e a atual. “No custo de produção para esta safra, os números apurados por cada empresa e os apurados pelas entidades para cada empresa, são praticamente idênticos, com pequenas diferenças. Porém, houve diferença na variação do custo de produção, da safra passada para a atual, pois, no ano passado, o custo de produção apurado pelas entidades foi geral, com exceção, de duas empresas que haviam fornecido na negociação passada o seu custo de produção. O acordo não aconteceu porque as propostas de percentual de aumento de preço que seriam aplicados sobe a tabela praticada na safra passada, foi aquém do que as entidades entendem como necessário para uma lucratividade satisfatória para o produtor”, explica Werner.
COMERCIALIZAÇÃO – A Souza Cruz iniciou quinta-feira, dia 06, no litoral catarinense, a compra do tabaco, praticando os preços da tabela da última safra. Em Santa Cruz do Sul/RS a compra inicia na próxima semana. “A Souza Cruz sugere, assim como outras empresas já praticam, uma tabela de preços que valorize mais o tabaco maduro, as classes O e R, principalmente. Essa valorização segue a tendência do mercado comprador, que procura no Brasil um tabaco maduro e de qualidade. Como o Brasil exporta em torno de 90% do seu tabaco, nós, produtores, precisamos estar atentos a este mercado e colher o tabaco maduro para uma maior valorização do nosso produto. Desta forma, garantiremos nosso mercado externo”, destaca o presidente da Afubra.
Ele ainda diz que esta valorização de classes de tabaco maduro já está sendo acompanhada pelas entidades há algumas safras. “Temos notado que as classes L, por exemplo, não tem, percentualmente, uma grande participação na comercialização de toda a safra”, diz o dirigente. Quanto ao tabaco comercializado antes da definição da tabela de preço para a atual safra, Werner, explica que, quando a nova tabela for definida, o produtor recebe uma nota complementar com a diferença dos valores.
Por: Jorn. Luciana Jost Radtke