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Apesar de 29 municípios gaúchos terem suas situações de emergência homologadas pelo Estado e reconhecidas pelo Ministério da Integração Nacional, até o momento nenhum deles teve ajuda financeira efetiva de quaisquer que seja o órgão das esferas superiores.
Nesta semana diversos prefeitos, principalmente da Metade Sul do RS, viajaram para Brasília com o objetivo de verem suas demandas atendidas de forma que a situação de inúmeras famílias, sobretudo agricultores, seja amenizada.
No Distrito Federal a maratona dos administradores municipais inclui vários ministérios, na tentativa de vencerem a burocracia e conquistarem uma decisão favorável ao envio da ajuda tão necessária.
A prefeita de Cristal, Fábia Richter, que também preside o Consórcio Intermunicipal Centro Sul, reclama da morosidade e da falta de respostas. “Desde novembro nós não temos fortes chuvas em Cristal. Nossa necessidade é urgente como foi comprovada através do decreto que emitimos e de laudos técnicos apresentados. Da mesma forma outros municípios da região cumpriram os trâmites para informar e comprovar os prejuízos sofridos com as intempéries climáticas, mas ainda não recebemos auxílio nenhum”, disse.
Outro que peregrina entre por Brasília atrás de ajuda é o prefeito de Dom Feliciano, Clênio Boeira, que está preocupado com a situação da agricultura local. “É preciso que os agricultores tenham suas dívidas renegociadas e que sejam tomadas providências para que possam reiniciar suas atividades agrícolas com normalidade”, considera.
Clênio pontua que a decisão passa por duas ou três pessoas do Governo, mas que até o momento não definiram as ações.
“Esperamos que estas pessoas se sensibilizem com a situação do Rio Grande do Sul, principalmente, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é gaúcho e conhece nossa realidade”.
Os prefeitos que lá estão, esperam, até o final da semana, alguma ação concreta por parte do Governo Federal, inclusive portaria do Ministério da Integração Nacional, que permita facilitar a vida dos agricultores e agricultoras que usaram de financiamentos em outras instituições bancárias, além do Banco do Brasil, como SICREDI e outros.
Nesta quarta-feira, 21 de março, os prefeitos estiveram em audiência com o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho que informou que o Palácio do Planalto ainda precisa autorizar a liberação de dinheiro extra, que não está previsto no orçamento
Já nesta quinta as reuniões estão previstas para ocorrerem na SEAD – Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrárioe com o chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha.