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quinta-feira, novembro 21, 2024

Produtores rurais realizam “tratoraço” na Esquina de Tapes

O movimento de tratores começou no final desta quarta-feira e se intensificou nesta quinta-feira dia 08 de agosto, dia em que também ocorreu o “tratoraço na capital gaúcha”.

 

Na tarde desta quinta-feira o Portal ClicR esteve conversando com agricultores na Esquina de Tapes que buscam o mesmo objetivo, reivindicam auxilio do governo aos produtores agrícolas que foram atingidos pelas enchentes no estado.

No local esteve presente agricultores de Tapes, Sertão Santana, Sentinela do Sul, Arambaré e Mariana Pimentel, com um expressivo número de tratores e veículos fazendo parte desse manifesto. Segundo o agricultor Marcelo Garcia, todas as ações que estão ocorrendo no Estado têm o mesmo objetivo:

* Prorrogação de dívidas por 15 anos, com 2 anos de carência e taxa de juros de 3% ao ano.

* Crédito reconstrução e capital de giro.

* Securitização e anistia de dívidas do Pronaf e Pronamp com taxas de juros de 1% a 3% e prazo de reembolso de até 15 anos.

* Anistia das parcelas de crédito fundiário e do Programa Nacional de Habitação Rural com vencimento de maio de 2024 a dezembro de 2025.

* Linhas de crédito de R$ 20 milhões para assistência técnica e extensão rural, crédito para reconstrução de propriedades e capital de giro para cooperativas de produção.

*Auxilio emergencial de 1 salário mínimo por seis meses para famílias rurais.

Agricultores acreditam em uma solução que seja positiva , visto o tamanho do esforço que a classe esta fazendo em todo o estado.

Por que o endividamento rural está tão grande?

Porque a produção de soja, milho, arroz, trigo, proteína animal, hortigranjeiros e frutas enfrenta perdas desde 2021. Sob efeitos do fenômeno climático La Niña, o Rio Grande do Sul teve as safras de 2021, 2022 e 2023 parcialmente destruídas ou nem vingadas pela estiagem. Já com a chegada do El Niño, em abril do ano passado, os agricultores viram de perto a fúria das águas. Além de perderem 70% da safra de trigo para os fungos e para a umidade (o RS é o maior produtor do cereal do Brasil), os agricultores perderam inúmeras hortas, pomares e não puderam implantar as lavouras de soja, arroz e milho no período previsto. Com isso, a calamidade deste ano avariou plantações que ainda não estavam colhidas e pagariam os empréstimos contratados para a safra. Também avariou grãos já colhidos, dizimou plantéis, levou embora estruturas produtivas e devastou solos, entre tantos outros danos.

Agricultores destacaram que Rio Grande do Sul é um estado do agro, e que toda a população depende do agro, quando se toma um café da manhã, almoça e janta todos os dias. Agricultores pedem a compreensão da população porque precisam de ajuda agora.

“Se nós não formos atendidos, quem vai pagar é o consumidor, porque está havendo uma grande diminuição de área plantada no RS”, destacou um agricultor.

Redação CLICR
Redação CLICR
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