Camaquã – A Câmara de Camaquã aprovou, na sessão ordinária do dia 28 de maio o projeto de lei que institui no município a Semana de Combate à Violência contra a Mulher.
De acordo com o projeto, do vereador Ilson Meireles, as comemorações referente ao tema ocorrerão anualmente na cidade na última semana do mês de novembro, com início no dia 25 do mesmo mês, data que coincide com o Dia Mundial de Luta pela não Violência contra a Mulher. Pela proposta nesta semana poderão ser realizados seminários, palestras, manifestações, entre outras atividades, com o objetivo de difundir em na sociedade camaquense a importância da não violência contra a mulher.
A matéria segue agora para a sanção e promulgação do Poder Executivo, que deverá publicar em breve a respectiva lei.
Sobre a violência contra a mulher
Segundo a justificativa apresentada no projeto e de acordo com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança, apenas no Brasil, a cada hora, mais de 500 mulheres brasileiras são vítimas de algum tipo de agressão física.
Os dados divulgados mostram que 22% das brasileiras sofreram ofensa verbal, totalizando só no ano passado cerca de 12 milhões de mulheres. Ademais, 10% das mulheres sofreram ameaça de violência física, 8% sofreram ofensa sexual, 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo, e ainda 3% ou 1,4 milhão de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento, 1% levou pelo menos um tiro.
Além disso, a pesquisa mostrou que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram, apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família, onde agressor na maioria das vezes é um conhecido. Em 19% das vezes, eram companheiros atuais das vítimas e, em 16% dos casos, eram ex-companheiros.
Em Camaquã, 368 mulheres ingressaram com medidas protetivas no ano de 2017, conforme dados do sistema da DPPA de Camaquã, uma média de 1 mulher por dia.
Texto: Luis Fernando Rodrigues / Edição: Regional / Foto: Divulgação