Com a chegada do verão, aumenta o risco de picadas de cobras e outros animais peçonhentos nas lavouras. O Centro de Informações Toxicológicas (CIT), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, destaca a importância de precauções simples para evitar acidentes com serpentes, lagartas urticantes e aranhas armadeiras durante esta estação.
O Brasil enfrenta desafios significativos em relação a acidentes ofídicos, sendo um dos países com maior incidência no mundo. A diversidade de serpentes, somada à presença cada vez mais comum delas em áreas urbanas, aumenta as chances de encontros perigosos. Jararacas lideram com 70% dos casos, seguidas por cascavéis (cerca de 9%) e surucucus (1,5%), com maior impacto entre trabalhadores rurais e populações indígenas.
A prevenção desempenha um papel crucial. O uso de equipamentos adequados, como botas de cano alto, perneiras de couro e luvas, reduz em até 75% os riscos de acidentes. Além disso, evitar colocar as mãos em buracos, ter cuidado ao mexer em pilhas de lenha e controlar o aparecimento de roedores são medidas eficazes.
Em caso de picada, é fundamental agir rapidamente: lavar o local com água ou água e sabão, manter o paciente deitado, hidratá-lo e buscar ajuda médica imediata. Identificar o tipo de serpente, se possível, facilita o tratamento, que envolve o uso de soros antiofídicos específicos administrados em ambiente hospitalar sob supervisão médica.
A conscientização sobre essas práticas preventivas é crucial para proteger os agricultores durante a temporada de verão e reduzir a incidência de acidentes com serpentes nas lavouras.