Nesta terça-feira, 24 de setembro, a qualidade do ar apresentou uma significativa melhora em várias regiões do Rio Grande do Sul, segundo dados do site suíço IQAir. A redução nos níveis de material particulado fino na atmosfera foi impulsionada pela chuva intensa que começou a cair na tarde de segunda-feira, 23, em diversos municípios do estado.
Melhora nas regiões afetadas pela chuva
As áreas da Campanha, Fronteira Oeste e Região Sul foram as mais beneficiadas, apresentando uma qualidade do ar classificada como “moderada”. Em Pelotas, por exemplo, o Índice de Qualidade do Ar (IQA) foi de 61, uma queda de 69 pontos em relação ao dia anterior, quando o ar era considerado “insalubre para grupos sensíveis”. Em Bagé, a chuva acumulou 82 milímetros até o início da manhã, resultando em um IQA de 71, também na faixa “moderada”.
Outras regiões, como a Serra, Vale do Rio Pardo e Região Central, também mostraram melhorias. Caxias do Sul, que tinha um IQA de 158 na segunda-feira, caiu para 105, mas ainda permanece na faixa “insalubre para grupos sensíveis”. Santa Maria e Santa Cruz do Sul também apresentaram reduções significativas, com IQAs de 126 e 122, respectivamente.
Desafios persistentes
Apesar da melhora, o Serviço de Monitoramento Atmosférico da União Europeia indica que a concentração de fumaça proveniente das queimadas continua alta sobre o estado. Assim, mesmo com a instabilidade climática, a qualidade do ar ainda não alcançou níveis seguros, permanecendo acima dos limites recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Porto Alegre, o IQA foi de 102, ainda classificado como “insalubre para grupos sensíveis”. Isso alerta especialmente pessoas com doenças pulmonares ou cardiovasculares a utilizarem máscaras ao sair.
Impactos visuais
Um dos efeitos visíveis da fumaça ainda presente na atmosfera foi observado durante o nascer do sol em Porto Alegre, que apareceu mais alaranjado e com brilho ofuscado na segunda-feira, um indicativo claro da poluição do ar.
Em suma, a chuva trouxe alívio momentâneo para a qualidade do ar no Rio Grande do Sul, mas os desafios relacionados às queimadas ainda são uma preocupação, especialmente para grupos vulneráveis. As autoridades continuam monitorando a situação, enfatizando a importância de cuidados adicionais para a saúde da população.
