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sexta-feira, novembro 22, 2024

Tarifas da Corsan terão aumentos de até 12,19%

As tarifas da Corsan terão aumento de até 12,19%, o que é quase o dobro da inflação geral para o consumidor atualmente. Conforme informações divulgadas pela GaúchaZH, os índices do reajuste anual foram homologados pelas agências que regulam os serviços de água e saneamento na área de atendimento da companhia. As elevações passarão a incidir sobre as faturas emitidas a partir do dia 1º de julho.

Em nota enviada ao mercado, a Corsan informa que a metodologia aplica uma cesta de índices inflacionários por grupos de despesas. Citou INPC, IGP-DI, INCC-DI, IPCA e índices das concessionárias de energia elétrica. Uma peculiaridade deste ano tem sido a discrepância entre eles, que variam atualmente de 7,6% a 33,5% no acumulado de 12 meses.

A regulação dos serviços da companhia é feita por cinco agências: Agergs (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS), Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (Agesan-RS), Agência Reguladora dos Serviços Públicos Municipais de Erechim (Ager), Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de São Borja (Agesb) e Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz (Agerst), que são responsáveis pelo acompanhamento dos serviços, incluindo aí a definição dos índices de reposicionamento e ajustes das tarifas. A Agergs, por exemplo, tem 290 municípios conveniados. No caso da Agesan, são 15 cidades do Vale do Sinos.

Os índices homologados por elas foram:

Agergs: +12,19% (com recomendação de parcelar o aumento)

Agesb: +9,38%
Agesan: +6,97%
Agerst: +5,46%
Ager: +4,56%

A diferenciação se deve porque a definição de reajuste considera os custos da Corsan para prestação do serviço, e eles variam conforme o município. As agências reguladoras também tem autonomia para algumas definições.

A Corsan argumenta que a estrutura de custos é impactada em 30% pelo IGP-DI, o índice de inflação da cesta usada na metodologia que tem ficado mais alto com pressão direta do câmbio no último ano. Ainda assim, as três agências que aprovaram aumentos menores substituíram o índice de inflação em algumas despesas. Já a Agergs, com o reajuste mais alto, manteve os indicadores como determinado em nota técnica anterior, mas recomendou que seja aplicado de forma parcelada pela Corsan.

Aliás, a aplicação de indicadores como IGP-M e IGP-DI nas tarifas públicas é um alerta para a inflação deste ano (e para o bolso dos consumidores). No caso do IGP-M, o acumulado de 12 meses já passou de 37%.

Info: GZH / Edição Portal ClicR

Redação CLICR
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