A meteorologia britânica emitiu seu primeiro alerta vermelho de calor extremo para partes da Inglaterra nas próximas segunda (18) e terça-feira (19), quando as temperaturas devem atingir recordes, provocando um nível de alerta de emergência nacional.
Grande parte da Europa está passando por uma onda de calor que elevou as temperaturas para cerca de 40 graus Celsius em algumas regiões, causando incêndios florestais que afetaram Portugal, Espanha, França e Croácia na quinta-feira (14).
A temperatura mais alta já registrada no Reino Unido foi de 38,7°C no Jardim Botânico da Universidade de Cambridge em 25 de julho de 2019. O Met Office disse que agora está prevendo temperaturas de 40°C pela primeira vez no Reino Unido.
“Temperaturas excepcionais, talvez recordes, provavelmente serão registradas no início da próxima semana”, disse o meteorologista-chefe do Met Office, Paul Gundersen, prevendo 50% de chance de temperaturas acima de 40ºC e 80% de chance de uma nova temperatura máxima ser atingida.
“As noites também devem ser excepcionalmente quentes, especialmente nas áreas urbanas”, disse Gundersen em um comunicado.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido alertou que “isso provavelmente levará a impactos generalizados nas pessoas e na infraestrutura”. A agência emitiu alerta de saúde sobre calor ao nível 4 para a Inglaterra na próxima semana.
No site do Met Office, um alerta vermelho de nível 4 é definido como uma emergência nacional e é usado quando uma onda de calor “é tão grave e/ou prolongada que seus efeitos se estendem para fora do sistema de saúde e assistência social. Nesse nível, doenças e morte podem ocorrer entre os aptos e saudáveis, e não apenas em grupos de alto risco”.
O Met Office disse que mudanças “substanciais” nas práticas de trabalho e rotinas diárias podem ser necessárias, e avisou sobre um alto risco de falha de sistemas e equipamentos sensíveis ao calor, o que poderia levar à falta de energia, água ou serviços de telefonia móvel.
“É mais difícil lidar com esses tipos de temperaturas no Reino Unido porque simplesmente não estamos acostumados a elas”, disse Hannah Cloke, especialista em clima da Universidade de Reading, referindo-se ao clima geralmente temperado e úmido do país. “Nossa infraestrutura não é projetada para o calor”, comentou.
*Com informações de Reuters