Quinta edição do evento aconteceu no restaurante Recanto do Dedão
“O meu problema, o meu problema… ??”. O meu problema é quando não tem música de boa qualidade pra curtir em Cerro Grande do Sul. Mas daí vem a galera que é quase uma “? Tropa de elite, osso duro de roer…?”, promove a quinta edição do Rock in Cerro e transforma o restaurante Recanto do Dedão num “? Lugar do cara***…?”.
Esta edição do evento aconteceu no sábado (03) à noite e foi a primeira vez em um espaço fechado, em Cerro Grande do Sul. Nas edições anteriores as bandas se apresentavam na praça central da cidade, com acesso liberado ao público. A mudança ocorreu, segundo Maico Baum, integrante da produtora Rock in Cerro (RiC), por conta do custo elevado do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio – PPCI exigido para que o espaço público tivesse condições de sediar a festa.
A noite de “sonzera” foi para relembrar velhos clássicos nacionais do rock, quando a Hoffer, banda da casa, subiu ao palco para abrir as apresentações. Foi um reinício, após o isolamento da pandemia que impediu por um longo tempo essa moçada de se reunir entorno da magia que este estilo musical proporciona.
Também foi noite de reviver o vocalista Joel Lanzarini, quando a Pangaré Tunado, de Sentinela do Sul, foi convidada a fazer sua apresentação. O “garoto” que faleceu em junho de 2021, com 37 anos, esteve mais vivo do que nunca na memória da galera que esteve na festa, sobretudo quando Tayson Alves, que o substituiu com maestria, soltou a voz e botou a moçada pra pular na roda punk.
O nível de qualidade das apresentações bateu no teto do Recanto do Dedão quando a Wings of Fire, de Camaquã, subiu ao palco. “Até onde vai a voz desse cara? Não tem fim?”, comentou o visitante Jairo Marques, de Sentinela do Sul, se referindo ao vocalista Marlon Gama.
Maico Baum, também mencionou que nunca antes havia assistido ao vivo alguém interpretar “I remember you” de Skid Row, por conta do extremo agudo que a letra exige, uma das marcas registradas do vocalista Sebastian Bach da banda norte americana.
“Como vai ser agora?” – questionavam alguns espectadores se referindo a como alguém manteria o nível depois de um grande espetáculo. Entretanto o rock tem milhares de alternativas e recursos, além de que a galera estava ali pra curtir o som e o momento.
Desta forma a Presságio, de Camaquã, dominou a situação e por nenhum segundo sequer de sua apresentação o evento ficou menos animado. Foi quando inclusive a interação com o público aconteceu mais forte, com direito a participação de Max König, de Cerro Grande do Sul, interpretando Velhas Fotos, de Tequila Baby.
Já por volta das 3h, madrugada do domingo (04), o Heavy Metal da Megatrônica, chegou pra dar o último gás aos roqueiros de plantão. Com muitos solos de guitarras e bateria a banda sulcerrograndense encerrou as mais de cinco horas de música proporcionadas pela quinta edição do Rock in Cerro.
Baum considerou que esta edição do evento foi uma experiência muito boa e garante que os produtores estão muito contentes pelos feedbacks positivos que têm recebido do público e das bandas participantes.
“Foi totalmente diferente desta vez, por conta do local fechado aqui na cidade, deste retorno pós-pandemia, entre outros fatores. Buscamos novas alternativas e conseguimos formar essa parceria muito bacana com o Nilmar do Recanto do Dedão. Nosso evento foi calmo e tranquilo. Quem esteve no Rock in Cerro foi pra se divertir. Conseguimos reunir a galera que gosta deste estilo musical. Aqui na região ainda existe um tabu de que roqueiro só faz bagunça e ‘uma barulhada’. Mas quem prestigia nossos eventos e curte nossas músicas sabe que não é nada disso. Tem uma moçada muito talentosa para quem o Rock in Cerro serve de vitrine. Esperamos poder promover outras tantas edições ainda”, concluiu o produtor.