A Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência de 343 municípios gaúchos por causa da estiagem, o Governo Federal autorizou o repasse de 1 milhão e 300 mil para a compra de equipamentos e cestas básicas, contudo esta ajuda ainda não chegou a todos os municípios.
No município de Júlio de Castilhos os pés de soja estão com menos de 20cm, segundo o prefeito Bernardo Dalla Corte, as plantações de soja já estão com mais de 70 dias nascidas, e em anos normais estariam com 1 metro de altura.
O município Júlio de Castilhos considerado o segundo maior produtor de soja no estado, foi um dos primeiros a decretar situação de emergência, em dezembro do ano passado, ou seja, a situação que já estava ruim naquela época só piorou. Na cidade o setor primário representa 80% do PIB, só em dezembro as perdas já somavam R$ 15,4 milhões, hoje não se sabe exatamente o tamanho do prejuízo, mas é muito maior de quando a situação de emergência foi decretada.
Também estão em situação de emergência 404 municípios, autoridades aguardam que a Ministra da Agricultura se manifesta logo e tome uma posição. Hoje diante da situação em que se encontra a soja, a chuva não adianta mais, o desenvolvimento está tão comprometido que não adianta nem passar a colheitadeira (perda total).
O produtor e pecuarista vem sofrendo com a estiagem, onde o pecuarista tem que ir as empresas comprar ração para alimentar seu gado, pois com a falta do milho subiu muito o custo.
Já no município de São João do Polêsine, a ajuda do Governo ainda não chegou e a situação se agrava, o rio Soturno está praticamente seco, agricultores já condenam muitas áreas plantadas e nem sabem se vão colher, muitos dizem que em 40 anos nunca viram tal estiagem, contudo ainda esperam a chuva para amenizar a situação.