Iniciada no dia 15 de abril, a colheita da safra do pinhão na Serra Gaúcha apresenta grande variação entre os municípios neste ano devido às condições climáticas ocorridas no período de desenvolvimento da semente e à alternância de produção característica da espécie. A partir de levantamentos que extensionistas da Emater/RS-Ascar fazem com agricultores locais, constata-se desde a manutenção da produção da safra verificada no ano anterior, aumento entre 10 a 20%, e redução entre 5 a 30% se comparada à safra do ano passado.
Ainda conforme os levantamentos, as pinhas e os pinhões apresentam boa qualidade e sanidade, tamanho dos pinhões e pinhas medianos, um pouco menores se comparados aos da safra anterior. Em São Francisco de Paula, maior produtor do RS, com cerca de 160 famílias na atividade de coleta e extração do pinhão, a estimativa de produção para este ano está em torno de 80 toneladas, sendo estimada uma perda em torno de 30% em relação à safra de 2021.
“O pinhão, nas regiões produtoras, é um produto importante na formação da renda, ou mesmo no sustento das unidades de produção familiares que trabalham com o extrativismo da semente. A cadeia produtiva apresenta poucas iniciativas de beneficiamento, industrialização e armazenamento, o que restringe a sua comercialização basicamente aos meses de produção, que se concentra no período que vai de abril a junho. Em algumas regiões, devido à ocorrência de variedades tardias de pinheiro-brasileiro, é possível encontrar o pinhão em pequena escala ainda em agosto e por vezes até meados de setembro”, explica a extensionista da Emater/RS-Ascar do Escritório Regional da Caxias do Sul, Adelaide Juvena Kegler Ramos.
Neste começo de safra, o preço recebido pelo produtor parte de R$ 3,50 na venda a intermediários/atravessadores, R$ 5,00 na venda direta ao consumidor, R$ 5,80 na Ceasa Caxias do Sul, até R$ 12,00 em supermercados.
*Com informações de Emater/RS-Ascar