A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) recebeu o resultado de 57 laudos de propriedades rurais que fizeram denúncia por terem sido atingidas por deriva, no período entre 03 de agosto e 13 de novembro de 2020. Destes 57 laudos:
- 42 testaram positivo para o 2,4D (73,68%).
- 15 testaram negativo para o 2,4D (26,31%). Sendo que destes 15, três amostras registraram o ingrediente ativo Clomazona.
- 11 amostras (19,29%) tinham presença de Clomazona.
- 12 amostras (21,05%) estavam livres de herbicidas hormonais e clomazona.
Dos 15 laudos negativos para o 2,4D foram coletadas 15 amostras em 12 propriedades rurais distintas. As amostras foram de culturas diferentes como trigo, oliveira, videira, citros, ameixeira, morango e verduras como rúcula, espinafre, tomate e cebola.
Os 42 laudos que testaram positivo para o herbicida hormonal, tiveram amostras coletadas em 35 propriedades rurais de 15 municípios. São 25 propriedades atingidas, que estão nos 24 municípios onde valem as regras das instruções normativas, e outras 10 propriedades que estão em outros municípios.
Do número de propriedades rurais atingidas e não atingidas:
Até o momento, são 47 propriedades rurais com laudos, sendo que:
- 12 propriedades (25,53%) tiveram amostras com resultado negativo para 2,4D.
- 35 propriedades (74,46%) tiveram amostras com resultado positivo para 2,4D.
- 15 tiveram amostras positivas para clomazona. Das propriedades que tiveram contaminação por clomazona apenas 3 delas não tiveram por 2,4D. Ou seja, 12 propriedades rurais tiveram incidência de deriva de 2,4D + Clomazona.
Até o dia 13 de novembro, a Secretaria da Agricultura contabilizou 68 propriedades denunciantes (88 coletas), e 15 propriedades onde não foi realizada coleta, totalizando 83 denúncias.
“As denúncias continuam chegando, entre 3 e 4 por dia. E todas estão sendo apuradas. Em alguns casos, em que os sintomas de deriva são de paraquate e glifosato, o produtor rural tem custeado a amostra, já que elas não estão no escopo do contrato com o LARP (Laboratório de Análise de Resíduos de Pesticidas)”, afirma Rafael Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Seapdr.
Lima reforça a importância e os cuidados na hora da aplicação, já que novembro é um mês com uma janela muito curta para as condições de aplicação segura. “Há dias inteiros em que os ventos são acima de 10 km, ou ainda, a umidade relativa do ar é muito baixa”, diz ele.
Dos laudos do mesmo período de 2019
Em 2019, para o mesmo período analisado, em 108 amostras de cultivos sensíveis comerciais coletadas, foram obtidos 92,59% resultados positivos, sendo não detectada a presença de agrotóxicos hormonais em apenas 8 amostras. Essas 100 amostras positivas foram coletadas em 79 propriedades diferentes.
Amostras de cultivos sensíveis atingidos, no mesmo período, no ano de 2019: Ameixa (1) , Caqui (2), Couve (1), Maçã (3), Mandioca (1), Marmelo Português (1), Noz-Pecã (3), Oliveira (5), Pastagem (1), Tomate (3) e Videira (79).
Fonte: Secretaria de Agricultura do Estado