O Senado aprovou, nesta terça-feira (31), um projeto de lei (PLC 184/2017) que permite que estudantes da zona rural tenham seu período letivo dividido entre aulas teóricas e atividades práticas no campo. O projeto inclui essa metodologia na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O texto segue para sanção presidencial.
A metodologia, conhecida como “pedagogia da alternância”, prevê que, durante duas semanas do mês, os estudantes aprendam em sala de aula conhecimentos gerais e técnicos voltados para a realidade agrícola. Na quinzena seguinte, os alunos terão a oportunidade de aplicar esses conhecimentos no campo, geralmente em propriedades familiares ou nos arredores da escola.
Segundo o relator do projeto, ex-senador Pedro Chaves (MS), a pedagogia da alternância “tem gerado resultados significativos onde é aplicada”. Conforme destacado por Chaves, “engessar” as escolas pode resultar em evasão, repetência e exclusão. Por outro lado, organizar de forma dinâmica e múltipla a sala de aula é um dos fatores que conduzem à qualidade na educação.
Na ocasião, Chaves mencionou que, em 2018, o modelo já havia sido adotado por 270 instituições no Brasil, atendendo cerca de 17 mil estudantes. Entretanto, de acordo com o autor da proposta, deputado Helder Salomão (PT-ES), alguns estados ainda relutam em adotar o método de ensino. A inclusão na LDB, por sua vez, visa dar legitimidade à metodologia.
Fonte: Agência Senado/Edição: Portal ClicR