Fiscais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) estão indo a campo realizar o monitoramento da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), coletando insetos e plantas com possíveis sintomas. Estão previstas amostragens em 150 municípios de todas as regiões do Rio Grande do Sul. As primeiras 15 amostras coletadas serão remetidas esta semana para o laboratório oficial do Ministério da Agricultura, em Goiás.
“O complexo de doenças caracterizado como enfezamento do milho, transmitido pela cigarrinha, pode dizimar grandes extensões de áreas de cultivo, devido à facilidade de disseminação, podendo ocasionar perdas de até 100% das lavouras. As épocas de semeadura mais tardias, ou milho safrinha, são os cenários de maior pressão de ataque”, detalha Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR. O monitoramento teve início depois que a cigarrinha começou a causar danos às lavouras de milho nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e nos estados do Paraná e Santa Catarina.
A Secretaria publicou, em março, nota técnica com informações básicas sobre os agentes patogênicos transmitidos pela cigarrinha e algumas práticas de manejo a serem adotadas pelos agricultores para diminuir o problema. As recomendações são:
- Eliminar plantas de milho espontâneas na entressafra;
- Efetuar a colheita de forma a diminuir restos culturais do milho a campo;
- Efetuar o plantio do milho evitando a proximidade de lavouras novas a lavouras mais velhas;
- Evitar semeadura sucessiva de milho na mesma área;
- Otimizar o planejamento da cultura, preferindo períodos ótimos em detrimento de semeaduras tardias;
- Objetivar diminuir as perdas de grãos durante a colheita;
- Efetuar o tratamento de sementes;
- Efetuar o controle da cigarrinha do milho conforme orientação técnica.