Independente da definição de qual data se darão as eleições municipais o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segue mantendo o calendário eleitoral publicado no final de 2019, portanto já venceram os prazos que se referem a filiações partidárias ou trocas de domicílios eleitorais aos candidatos que pretendem concorrer no próximo pleito.
Deste modo mesmo não tendo havido os último encontros e reuniões presenciais os partidos políticos e pré-candidatos tiveram que se agilizar com decisões e encaminhamentos de documentações para garantir o direito à candidatura.
Bancadas sofrem mudanças na Câmara Municipal
Dos nove vereadores que compõem a câmara atualmente, quatro optaram por deixar os partido pelos quais foram eleitos, visando buscar uma reeleição por novas legendas.
O Progressistas foi o que sofreu a maior perda já que dois vereadores da bancada, Ademilson Passos de Souza e João de Deus Oliveira Pinto, pediram a desfiliação e vão defender novas bandeira.
Ademilson filiou-se ao PSL, legenda nova no município que surgiu embalada pela eleição do presidente da República e que deverá apresentar nominata de candidatos nas próximas eleições, inclusive com a possibilidade de encabeçar chapa ao Executivo, conforme afirmam lideranças locais da nova agremiação partidária.
A decisão de deixar o partido, segundo Ademilson, é por discordar de decisões dos dirigentes progressistas no município. “É por eles quererem apitar o que a gente deve fazer”, resumiu. Acrescentou que é grato ao Progressista por ter lhe oferecido a oportunidade de entrar para a política e conquistar um mandato como vereador.
Já de sua ida para o PSL disse que se justifica por ser um partido formado por novas pessoas e determinadas a fazerem mudanças. “É um partido onde as pessoas têm mais vontade de agregar coisas boas pro município, de mudar e melhorar as coisas pro município”, concluiu.
João de Deus não seguiu os mesmos rumos do colega e nas próximas campanhas eleitorais deve compor as trincheiras do PDT.
Embora ainda estivesse se mantido até agora no Progressista, partido que detêm o cargo de vice-prefeito, há tempos João havia adotado um discurso de oposição ao governo municipal e por diversas vezes deixou claro seu descontentamento com líderes progressistas e com a própria bancada. Também chegou manifestar a vontade em concorrer a prefeito.
João Bigode, como é conhecido, garantiu que sua escolha pela nova bandeira se deve a relação de amizade, conhecimento e respeito que mantém com o colega de vereança Vilson Júnior e com o ex-vereador Odilon Munhoz, bem como diversos outros filiados ao PDT.
“Espero poder contribuir com uma nova visão de futuro, para alavancar as mudanças tão necessárias para o desenvolvimento do nosso município”, ponderou João.
O MDB também perdeu cadeira na câmara com a saída do vereador Léo Koslowski que preferiu seguir carreira política no PSL.
Disse que sua decisão de sair do partido começou a partir de uma quebra de acordo que envolvia a presidência da câmara, no final de 2019. Afirma que na ocasião o vereador Alairto Raphaelli (Progresssitas) deveria ter renunciado ao cargo de presidente para provocar uma nova eleição para a composição da mesa diretora, em que o MDB indicaria candidato. Como isso não ocorreu, naquele momento o vereador Léo afirmou que não votaria nem participaria mais de uma chapa composta pelo Progressistas.
O vereador conta que o que ocorreu na sequência sacramentou sua decisão, quando soube em reunião que o MDB estaria disposto a indicar nome de candidato a vice-prefeito em chapa encabeçada pelo Progressistas.
“Quando cheguei na reunião já haviam decidido sobre a formação da chapa e quem seriam os possíveis candidatos a vereador. Nunca me consultaram sobre qualquer decisão”, afirmou Léo.
Quanto sua escolha pelo PSL, o vereador revelou que votou em Bolsonaro para presidente da República, em detrimento de Henrique Meirelles, candidato do MDB, justificando ter seguido a indicação de diversos familiares que simpatizam com o presidente. Também disse que desde a fundação do partido no município recebeu o convite para integrar a legenda e que não teria como escolher outro partido.
Outro que vai encorpar a nova legenda (PSL) no município é o vereador Floriano Vaz, o Tutuca, que ocupava a única cadeira que o PSDB tinha no Legislativo municipal. Ele garante que deixar os Tucanos foi uma decisão difícil, mas que não conseguiu dentro do partido no município uma nominata de candidatos com possibilidade de atingir coeficiente eleitoral suficiente para eleger um vereador, já que com a mudança na lei não são mais permitidas coligações proporcionais como a que lhe conduziu ao cargo de vereador na eleição passada quando MDB e PSDB contabilizaram juntos seus votos e dividiram vagas.
Tutuca diz que encontrou no PSL um partido organizado e com metas definidas, e que a partir de reuniões e discussões com as lideranças acredita que esta tenha sido a melhor escolha.
“Temos muitas indecisões para o cenário a prefeito nas eleições 2020. Tive proposta de vários partidos, fico agradecido por isso mas o modo que venho trabalhando é de uma ideologia nova e não fazendo a velha política”, justificou.