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sábado, novembro 16, 2024

Familiares de tapenses internados com Covid-19 entram na justiça para terem acesso a tratamento alternativo

Um tratamento alternativo receitado por uma médica camaquense a pacientes que apresentam um quadro grave de síndrome respiratória aguda provocada pela infecção por Covid-19 (SARS-CoV-2) está mobilizando familiares de tapenses que estão internados no Hospital de Camaquã.

O tratamento prescrito pela médica dra. Eliane Duarte Scherer envolve a nebulização de pacientes com hidroxicloroquina diluída em soro. A médica acabou sendo demitida do Hospital Nossa Senhora Aparecida após receitar este tratamento. A prática não é prevista em protocolos de saúde do país por não haver comprovação cientifica de sua eficácia contra o coronavírus e também pelos riscos de efeitos colaterais severos nos pacientes.

Um destes casos é do tapense Tovar Amaro da Silva Barbosa, de 44 anos, mais conhecido como “Duly”, que foi infectado pelo novo coronavírus e inicialmente estava internado no Hospital Nossa Senhora do Carmo em um leito clínico, contudo diante dá piora em seu quadro de saúde foi transferido no dia 17/03 para o Hospital de Camaquã.

Segundo familiares, no sábado, “Duly” foi encaminhado para um leito de UTI mantido pelo SUS no hospital. “Na UTI ele está sendo melhor atendido, pois tem mais recursos com profissionais 24h”, comentou um familiar. O estado de saúde de “Duly” ainda é gravíssimo.

Diante deste quadro a família de Tovar decidiu entrar com uma liminar judicial para tentar a liberação do tratamento alternativo a base de hidroxicloroquina receitado pela dra. Eliane. Contudo, a justiça negou a liminar, por entender que o paciente não necessitária do tratamento em virtude de estar na UTI.

Despacho do magistrado Luis Otávio Braga Schuch

Ao Portal ClicR, familiares do paciente contaram que no último domingo, dia 21/03, após uma reunião, o Hospital de Camaquã decidiu autorizar que a Dra Eliane Scherer faça o tratamento alternativo nos pacientes, desde que ela seja responsável pelo plantão.

“Recebemos a confirmação através de uma amiga que está com sua mãe entubada com covid no Hospital de Camaquã de que a doutora Eliane poderá realizar em todos os pacientes através do SUS. Até o Tovar (Duly) também poderá receber um complemento da continuidade do tratamento”, contou Júnior de Farias.

Nas redes sociais crescem os debates acalorados entre pessoas que defendem o tratamento preventivo e outras que são contrárias ao tratamento alternativo por não ser recomendado pela OMS.

O recente caso de recuperação do vereador de Dalvi Soares, de Dom Feliciano, o qual recebeu o tratamento alternativo descrito pela dra. Eliane repercutiu nacionalmente, tanto que chamou a atenção do presidente da república Jair Bolsonaro que pessoalmente entrou em contato com o vereador e com a Rádio Acústica FM de Camaquã.

Em vídeo tapense relata melhora após tratamento alternativo

Um vídeo que circula nas Redes Sociais traz o depoimento do tapense Pedro Soares, de 53 anos. Na gravação feita pelo camaquense Vitor Hugo Bortolotti Lindenau o tapense detalha sua melhora após ter sido tratado pela própria dra. Eliane com hidroxicloroquina.

Pedro confirmou os relatos que havia discussão e divergência entre os profissionais por conta destes procedimentos. Enfermeiros foram instruídos pela médica a aplicar as nebulizações, mas se negaram com a justificativa de que não há previsão para uso da medicação neste modelo.

Confira o vídeo na íntegra:

Matheus Medeiros
Matheus Medeiros
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