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sábado, novembro 23, 2024

Barão do Triunfo celebra nesta quarta-feira seus 32 anos de emancipação

O município de Barão do Triunfo pertence a Região Carbonífera do Estado do Rio Grande do Sul.

História

Em 1889, a imigração europeia chegou à região onde hoje se encontra Barão do Triun­fo. Os colonos desembarcaram em Charqueadas, porto do Rio Jacuí, e daí rumaram em carro­ças puxadas por bois até o local chamado Faxinal, onde foram alojados em barracões construí­dos pelo governo, até se instalarem definitivamente nos lotes de imigração. Partindo de Faxi­nal com suas famílias e todos os seus pertences (ferramentas rudimentares fornecidas pelo governo da província, tais como foices, machados, picões, enxadas, facões) iam abrindo seu próprio caminho e traçando seu destino. A caminhada foi penosa. Em todo o trajeto foram encontradas dificuldades que retardavam o avanço, tais como animais selvagens, matas de di­fícil penetração, terreno acidentado, etc.
Chegando ao local de destino, os imigrantes foram distribuídos em linhas já demarca­das.

Chegada dos primeiros Imigrantes

Os italianos foram assentados nas linhas Dona Francisca, Dona Amélia, Estrada Geral e no local que havia sido destinado para ser a sede da Colônia de Barão do Triunfo. Esse nome foi escolhido em homenagem ao general José Joaquim de Andrade Neves, que se destacou na Guerra dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Os poloneses também ocuparam parte da Estrada Ge­ral e do local que hoje é conhecido como Arroio Grande. Os alemães foram assentados nas li­nhas Artur Vilela, Alfredo Silveira e Fernando Abott. Os espanhóis ficaram em parte das li­nhas Alfredo Silveira, Acioli, Brandão e José Montauri. Os suecos, os austríacos e os france­ses, que estavam em pequenos grupos, foram distribuídos em todas as linhas.
Depois de alojados em seus lotes e adaptados ao meio, iniciou-se efetivamente a colo­nização. Mesmo sem tecnologia para a agricultura, as colheitas eram fartas, devido à fertilida­de das terras. Cada grupo de imigrantes produzia o que conhecia de seu país de origem. A pro­dução gradativamente foi aumentando. O excedente da produção passou a ser comercializado nas cidades próximas, como Barra do Ribeiro, Guaíba, Arroio dos Ratos e São Jerônimo. Eram os carroceiros da vila que realizavam o transporte: com seus carroções puxados por bur­ros, eles levavam os produtos, que trocavam por outros não existentes na localidade. Essas via­gens levavam por volta de quinze dias, e, entre os produtos comercializados, destacavam-se o vinho, a cachaça, o trigo, o milho e o feijão.


Nos primeiros anos, houve um período de progresso na localidade. Os imigrantes aproveitaram as quedas d’água do local para instalarem pequenas serrarias, moinhos de trigo e milho, descascadeiras de arroz e, também, para produzir energia elétrica. Porém, houve um fator que contribuiu decisivamente para o atraso do desenvolvimento do distrito de Barão do Triunfo, que foi o desastre ecológico ocorrido no dia 15 de janeiro de 1941, quando uma gran­de enchente destruiu, em poucos minutos, residências, moinhos, serrarias, plantações, canti­nas, criações, pontes e pontilhões. O próprio leito do Arroio Baicuru, em certos trechos, foi desviado pela violência das águas. Somente a ponte de Faxinal ficou em pé. Durante dois anos, o distrito ficou isolado do resto do município. Passou a faltar tudo. A agricultura foi des­truída e de fora nada podia chegar, pois não havia estradas, nem pontes; só a pé ou, raramen­te, a cavalo se podia ainda chegar ali. Muitos foram embora, para tentar a sorte em outros lu­gares. Os que permaneceram tiveram que recomeçar do nada, como seus antepassados. Após muita luta e perseverança, vieram dias melhores.


Um fator que contribuiu para minimizar o impacto da enchente foi a criação do Sindi­cato dos Trabalhadores Rurais em Barão do Triunfo. Por iniciativa do vigário local, padre José Wiest, o sindicato foi fundado no dia 13 de setembro de 1963, tendo como primeiro pre­sidente Adario Salatti e como secretário Ludvig Baselevitz.  Contava no momento da funda­ção com 113 associados, chegando hoje a ter mais de quatro mil trabalhadores sindicalizados.

 

Fatos históricos:

Em 1889 – Chegada dos Primeiros Imigrantes

Em 1890 – Construção da Primeira Estrada: Faxinal / Primeiro Moinho: Tassinare Cezari / Chegada do Primeiro médico à enfermaria do Faxinal

Em 1891 – Construção da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Arroio Grande.

Em 1892 – Fundação da Societá Fratelanza Itália.

Em 1983 – Fundação da Banda Municipal

Em 1894 – Casas de comércio, ferrarias, sapatarias e moinhos.

Em 1898 – Sétimo distrito de São Jerônimo

Em1903 – Primeiro Posto do Correio.

Em 1906 – Primeira Escola Societá Fratelanza Itália e construção da primeira caixa d água.

Em 1908 – Construção do primeiro Templo Católico – Capela São Vicente de Paula na Linha Salatti.

Em 1914 – Primeira Ponte divisória de Barão do Triunfo e Mariana Pimentel.

Em 1912 – 1915 – Grupo Teatral Fratelanza Itália.

Em 1917 – Telefone ligado a Barra do Ribeiro

Em 1919 – Construção da Capela São Pedro junto ao Arroio Ibacurú.

Em 1920 – Primeira Fábrica de chá Mate Edy; / Primeiro médico morador: Leônidas Waduda.

Em 1926 – Instalação da usina para geração de energia: Pedro Baptistella.

Em 1927 – Construção da Igreja Matriz (Nossa Senhora do Rosário).

Em 1930 – Início da exploração da crina vegetalcomércio Caxias do Sul/Soledade/ até São Paulo; / Início da exploração da palha de milho para confecção de cigarros.

Em 1931 – Padre Guilherme José Wiest é empossado como pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário.

Em 1938 – Surgimento da Sociedade Beneficente e Recreativa Cruzeiro ( Nacionalização da Societá Fratelanza Itália  – Primeira a se nacionalizar no RS.

Em 1940 – Funcionamento de Curtume; / Extração de casca de aroeira para curtume (Triunfo); / Funcionamento curtume (frente Valmir); / Saída de pessoas para trabalhar na mineração.

Em 1941 – Enchente e destruição econômica de Barão do Triunfo; / Início da Construção do grupo escolar de Barão do Triunfo

Em 1942 – Fechamento da cervejaria de Barão do Triunfo (Cerveja Pinheiro)

Em 1944 – Funcionamento de Fábrica de Salame Torrefação de café.

Em 1945 – Transporte por ônibus Quito Garcia, Darci Porto-pessoa e produto; Jaimilho (Barão do Triunfo a Porto Alegre).

Em 1946 – Fábrica de bonecos de barro, olaria de tijolos e telhas da família Lanzarini.

Em 1947 – Término das atividades da banda musical; / Primeira Festa da Uva Oficial na Colônia Barão do Triunfo.

Em 1949 – Dr. Solon Tavares montou 1º. Hospital prédio onde hoje é a madeireira Baronense.

Em 1950 – Auge da produção de arroz e cana-deaçúcar; / Final do Transporte por carroceiros; / Linha de ônibus para Porto Alegre – Sr. Jaimino; / Início do funcionamento do Engenho de arroz Luiz Dalbem; / – Deixam de sair pessoas para o corte de lenha em outros municípios.

Em 1956 – Fundação da Cooperativa Viti-vinícola Baronense LTDA.

Em 1957 – Festa da uva fica na responsabilidade da Igreja (Paróquia Nossa Senhora do Rosário).

Em 1958 – Entrada do fumo virgínia, final da produção do fumo em corda.

Em 1959 – Banco com atuação no Município – Banco do Brasil – Agência Guaíba.

Em 1960 – Final da exploração da crina vegetal; / Construção da ponte da divisa Barão do Triunfo – São Jerônimo.

Em 1962 – Prefeitura de São Jerônimo instala gerador à óleo diesel e após nova turbina hidráulica.

Em 1963 – Construção da Estrada da Produção; / Fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais – 1º Presidente Adário Sallati.

Em 1964 – Primeira Assembleia Geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Em 1965 – Final da exploração da palha de milho para confecção de cigarros; / Entrada dos primeiros tratores, aumentando seu número em 1968; / Em função da legislação houve fechamento dos alambiques; / Engarrafadora de cachaça Brasília.

Em 1970 – Início do plantio de batata-doce; / Término da comercialização da linhaça, trigo, fechamento dos moinhos.

Em 1975 – Chegada da energia elétrica na sede Barão do Triunfo (CERTAJA); / Comercialização da uva para fábrica de sucos e doces.

Em 1978 – Inauguração do obelisco em homenagem aos imigrantes nos 100 anos da demarcação de Barão do Triunfo.

Em 1982 – Primeiro telefone com central; / Formação Associação Comunitária Nossa Senhora Aparecida – Serra do Herval.

Em 1984 – Formação da Associação Desenvolvimento Comunitária de Barão do Triunfo.

Em 1985 – Perda da importância econômica do arroz; / Ligação telefônica nas residências.

Em 1986 – Fim das Atividades do Engenho de arroz.

Em 1990 – Formação da Associação Comunitária da Linha Nova.

Em 1991 – Início das Atividades do 2º Grau em Barão

do Triunfo; / Plebiscito para emancipação de Barão do Triunfo.

Em 1992 – Final da exploração econômica da ervamate no município; / Formação da Associação Produtores Condomínio Rural do Cerro dos Abreus

20/03/1992 Criação do Município de Barão do Triunfo, desmembrando-se de São Jerônimo

 

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Colônia pelo Ato Municipal de 20/08/1892, su­bordinado ao município de São Jerônimo.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1º/09/1920, o distrito se deno­mina Barão do Triunfo.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito se denomina novamente Colônia de Barão do Triunfo e permanece no município de São Jerônimo.
Pelo Decreto Estadual nº 7.199, de 31/03/1938, o nome do distrito de Colônia de Ba­rão do Triunfo é simplificado para Barão do Triunfo.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943, o distrito de Barão do Triun­fo se divide em duas zonas: Barão do Triunfo e Quitéria.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944 a 1948, o distrito de Barão do triunfo é constituído de dois subdistritos: Barão do Triunfo e Quitéria.
Desmembrado de São Jerônimo, Barão do Triunfo é elevado à categoria de município pela Lei Estadual nº 9.571, de 20/03/1992. O município é instalado em 1º/01/1993, constituí­do do distrito sede.
Assim permanece em divisão territorial datada de 2020.

 

Administradores

Com o passar dos anos a colônia foi evoluindo aos poucos e em 20/03/1992 através da Lei Estadual nº 9.571 Barão do Triunfo foi desmembrado de São Jerônimo. O primeiro prefeito da cidade foi José Prates Ramos tendo como vice Leonildo Kloppemburg;  o segundo gestor municipal foi Luis Raul Goulart da Silva que administrou o município até 2004, no primeiro mandato teve Arno Teifke como vice e no segundo mandato o vice foi Lodi Kalil Andriotti.

Em 2004 foi eleito Odone Klomppemburg e Laureni Pagini como chefes da administração municipal, Odone foi reeleito em 2008 juntamente com Rui Valmir Brawers Spotti. Nas eleições de 2012, Rui Spotti e Gilmar Souza foram eleitos pela população, nas eleições de 2016 Elomar Kologeski e Laureni Pagini saíram vencedores da eleição e na última eleição em 2020 Elomar Kologeski desta vez com Nércio da Silva Ambos se elegeram.

Todos gestores da história contribuíram ao longo das administrações para a evolução do município que vem se desenvolvendo cada vez mais.

A Agricultura é a principal fonte de renda das famílias baronenses que residem em sua grande maioria pelo interior do município, cultivando o tabaco, milho, feijão, arroz, batata doce, soja, melancia, uva além de verduras, sendo desta forma os principais produtos que garantem renda as famílias.

 

Fontes Consultadas: Câmara de Vereradores de Barão do Triunfo, IBGE

Fotos Aereas: Marcos Neujar 

 

Redação CLICR
Redação CLICR
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