No dia 24 de janeiro, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, acontecerá o julgamento que irá definir o futuro político do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, nome defendido pelo Partido dos Trabalhadores como candidato a presidência da República nas eleições em 2018.
Embora haja a perspectiva de que Lula seja condenado em segunda instância, pelo caso do triplex do Guarujá, o que o tornaria inelegível, os dirigentes petistas afirmam que manterão a defesa de sua candidatura até a última instância.
Os líderes petistas afirmam que o ex-presidente tem sofrido perseguição política e que se condenado, isto será feito sem as provas do crime do qual é acusado. Os advogados de Lula apontam a prática de lawfare, método que utiliza meios jurídicos para perseguição política e dizem que já provaram sua inocência, mas que ela somente não está sendo reconhecida pelo juiz Sérgio Moro.
Os petistas vão ainda mais longe divulgando comparações em site e redes sociais de casos que tiveram os mesmos desdobramentos com conclusões diferentes, como a absolvição de Claudia Cruz, esposa do deputado Eduardo Cunha, acusada de ter recebido dinheiro de propina da Petrobrás. Diz um dos trechos divulgados pelo PT: “Moro absolveu a mulher de Cunha por uma conta ilegal com mais de 1 milhão de dólares que era comprovadamente dela na Suíça porque não conseguiu provar que esses recursos não explicados que ela tinha tenham vindo da Petrobrás. Mas condenou Lula por um apartamento que não é dele construído com recursos que sabidamente não vieram da Petrobrás”.
O PT está organizando uma grande manifestação para os dias 23 e 24 de janeiro, em Porto Alegre, ao que dizem serão atos de solidariedade e apoio ao ex-presidente, contudo Lula não deverá estar na capital gaúcha durante o julgamento, já que não foi acatado pela justiça o pedido do partido para que ele seja ouvido no julgamento.
PT diz que Lula será candidato até última instância
