Considerada uma das principais doenças que afetam a cultura da soja, a ferrugem asiática é tema de circular técnica publicada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), por meio do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA). A publicação tem por objetivo sintetizar e divulgar informações sobre a ferrugem asiática da soja, no que se refere ao seu patógeno – o fungo Phakopsora pachyrhizi –, sintomas, aspectos epidemiológicos e as principais medidas de manejo da doença.
A circular técnica aborda, também, o Programa de Monitoramento da Ferrugem Asiática da Soja no RS – Programa Monitora Ferrugem RS, coordenado pela Secretaria em parceria com Emater/RS-Ascar e que teve início na safra 2020/2021.
“As ferramentas disponíveis para prever o início de doenças, de uma forma geral, são os sistemas de aviso, e esses sistemas de aviso estão fundamentados no monitoramento de fatores que são determinantes para a ocorrência da doença: o hospedeiro, o patógeno e o ambiente favorável. Ou seja, a interação entre esses três fatores é o que determina a ocorrência ou não da doença”, explica a pesquisadora Andréia Rotta, uma das autoras da publicação.
O Programa Monitora Ferrugem RS conta com um site (clique aqui) com informações sobre a presença e a quantidade de esporos (estruturas reprodutivas) do fungo causador da ferrugem asiática nas regiões produtoras do Estado, além das condições meteorológicas que favorecem a ocorrência da doença. “Esse programa oferece um prognóstico de risco da ocorrência da ferrugem asiática para que os produtores, nas suas diferentes regiões do Estado, possam utilizá-lo na tomada de decisão em relação à adoção do controle químico como uma forma de auxiliar no manejo da ferrugem asiática”, conta Andréia.
A utilização de fungicidas é a estratégia mais eficiente para o controle da ferrugem asiática da soja. “As informações geradas pelo Monitora Ferrugem RS podem indicar o momento inicial da aplicação preventiva de fungicidas para o controle da doença, diminuindo o dano ambiental e o custo econômico das lavouras de soja”, exemplifica a pesquisadora.
Para a safra 2021/2022, o Monitora Ferrugem RS instalou 46 coletores de esporos do patógeno em lavouras de soja localizadas em 44 municípios das regiões produtoras.
POR ELAINE PINTO