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segunda-feira, janeiro 27, 2025

Impasse no Preço do Tabaco: Produtores e Indústria Ainda Sem Acordo

Nova rodada de negociação do tabaco será em fevereiro

 

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), recebeu cerca de cinco empresas, entre os dias 14 e 15 de janeiro, para discutir o preço do tabaco para a safra 2024/2025.

Embora onze empresas tenham confirmado presença, algumas precisaram cancelar suas agendas, pois suas propostas não atendiam às exigências da comissão representativa dos fumicultores: a proposta de reajuste deve pelo menos cobrir os custos de produção.

Apesar da confirmação de onze empresas, algumas cancelaram suas participações, pois suas propostas não cumpriam as exigências estabelecidas pela comissão representativa dos fumicultores, que exige que o reajuste subra os custos de produção de maneira geral.

No Virgínia, duas empresas (China Brasil e UTC) propuseram um reajuste atendendo, somente o custo de produção; a Universal Leaf ofereceu, além da variação do custo, 1,05% de reajuste pela recuperação do valor da tabela. Já a JTI, que já havia mantido reunião em dezembro, refez sua proposta, passando para 10,50%, porém, de forma não linear. A BAT discordou do custo de produção já conciliado e acordado com a Comissão e não apresentou proposta.

A Comissão elaborou uma proposta baseada na variação dos custos de produção, acrescida de um percentual de reposição da defasagem acumulada nas safras anteriores, a qual foi apresentada a cada empresa recebida. No entanto, nenhum protocolo foi firmado, pois a Comissão considera essencial atualizar os valores na tabela para assegurar a segurança, valorizar e rentabilizar os produtores.

No caso do tabaco Burley, as empresas que submeteram propostas cumpriram ou excederam a variação dos custos de produção, atendendo assim às expectativas da Comissão.

Os representantes dos produtores de tabaco garantem que as negociações não foram encerradas e esperam que as empresas fumageiras revisem suas posições, considerando a importância da valorização do produtor e da manutenção sólida e saudável do sistema integrado de produção. Uma nova e última rodada de discussões está sendo organizada para o início de fevereiro.

CUSTO DE PRODUÇÃO:
Universal Leaf:
Variação do custo de produção: 7,45% (Virgínia) e 0,66% (Burley)

China Brasil:
Variação do custo de produção: 6,18% (Virgínia)

UTC:
Variação do custo de produção: 8,43% (Virgínia) e 2,49% (Burley)

BAT:
Variação do custo de produção: 10,55% (Virgínia) e 7,01% (Burley)

JTI:
Variação do custo de produção: 10,10% (Virgínia) e 5,19% (Burley)

Alliance One:
Variação do custo de produção: 8,27% (Virgínia) e 3,99% (Burley)

CTA:
Variação do custo de produção: 8,46% (Virgínia) e 3,58% (Burley)

Philip Morris:
Variação do custo de produção: 8,58% (Virgínia)

Premium:
Variação do custo de produção: 8,60% (Virgínia) e 0,83% (Burley)

 

 

Informações: AFULBRA/REPRODUÇÃO

 

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