Nesta quarta-feira (27), aconteceu o julgamento de Elizamar de Moura Alves, no foro da comarca de Camaquã. A mulher, que foi a julgamento pelo Tribunal do Júri, respondia pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Em maio de 2021, Elizamar foi presa após confessar ter dopado seu marido, Erni Pereira da Cunha, e colocado seu corpo em uma fornalha de fumo, localizada na residência do casal. Três meses antes de confessar o assassinato, Elizamar registrou ocorrência pelo desaparecimento do companheiro, o que resultou na acusação de falsidade ideológica.
Durante o julgamento, foram ouvidos o promotor de acusação, três testemunhas de acusação, três testemunhas de defesa e a própria ré. O promotor Francisco Saldanha Lauenstein representou o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS), enquanto o juiz responsável por conduzir o julgamento foi Daniel de Souza Fleury.
As testemunhas de acusação, listadas pelo MP, foram: os inspetores de polícia da delegacia de Dom Feliciano, Alexandre Ribeiro Elias e Everson Nogueira Barbosa, e a delegada de polícia Vivian Sander Duarte. Já as testemunhas de defesa, convocados pelos advogados, foram: Denise Alves Cunha, filha de Elizamar e Erni, Edson Luis de Almeida Moreira, proprietário do bar que Erni frequentava e Cleusa Barreto, suposta amante de Erni.
Depoimentos
Em depoimento, a filha de Elizamar, Denise Alves, saiu em defesa da mãe, alegando que ela agiu para proteger a si mesma e aos filhos. “Minha mãe chegou no limite. Se ela fez o que fez, foi pensando em mim, no meu irmão e na vida dela”, disse Denise. A jovem também contou que a mãe sofria agressões por parte de Cunha e disse que viviam “um inferno dentro daquela casa”.
Já em seu depoimento, Elizamar relatou ter sido agredida pelo marido por mais de vinte anos. A mulher também contou que, na época do ocorrido, ao tentar se defender de golpes desferidos pelo homem, deixou-o desmaiado. Com medo de sofrer represálias, decidiu dopá-lo e queimar seu corpo na fornalha.
Sentença
O julgamento de Elizamar aconteceu nesta quarta-feira (27), com início às 9h, se estendendo ao longo do dia. O veredito foi liberado próximo às 22h.
Após apresentada a defesa, a ré foi absolvida das acusações. Elizamar estava presa desde maio de 2021 e, após decisão do júri, teve alvará de soltura expedido.
Fonte: Clic Camaquã/Edição: Portal ClicR