O prefeito de Uvalde, Don McLaughlin, contestou nesta sexta-feira (8) uma reportagem recente sobre o tiroteio em uma escola no Texas, no mês de maio, onde 19 crianças e dois professores foram assassinados. A reportagem dizia que um policial aguardava a permissão de um supervisor para disparar seu rifle e perdeu a chance de matar o atirador.
O relatório publicado no início desta semana pelo Advanced Law Enforcement Rapid Response Training Center (ALERRT), da Texas State University, foi encomendado pelo Departamento de Segurança Pública do Texas. A ALERRT não respondeu a um pedido de comentário na sexta-feira.
De acordo com o relatório, o policial pediu permissão ao seu supervisor (que não foi identificado) para atirar, acrescentou que a permissão nunca veio, mas concluiu que o oficial teria justificado o uso de força letal.
“O relatório… não dá um relato completo e preciso do que aconteceu na Robb Elementary School. Nenhum policial do departamento de polícia de Uvalde viu o atirador em 24 de maio antes dele entrar na escola”, disse o prefeito em comunicado hoje. A resposta de Uvalde já foi alvo de duras críticas de altos funcionários da lei, funcionários eleitos e do público.
A indignação concentrou-se no detalhe amplamente divulgado de que cerca de 19 policiais esperaram mais de uma hora em um corredor fora das salas de aula onde crianças foram massacradas antes que uma equipe tática liderada pela Patrulha de Fronteira dos EUA finalmente entrasse e matasse o atirador.
Nenhum policial de Uvalde teve a oportunidade de atirar no atirador, acrescentou o prefeito.
“Um oficial do Departamento de Polícia de Uvalde viu alguém do lado de fora, mas não tinha certeza de quem viu e observou as crianças na área também. Em última análise, era um treinador com crianças no playground, não o atirador.”
Uma revisão estadual separada sobre o tiroteio está sendo conduzida a pedido da promotora distrital Christina Mitchell Busbee. O Departamento de Justiça dos EUA também disse que revisará a resposta da aplicação da lei em Uvalde e tornará suas descobertas públicas.
*Com informações de Reuters