Animais ficaram espalhados por aproximadamente 3,5 quilômetros
Os agentes da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Pelotas começaram, na manhã desta segunda-feira, a limpeza da orla da praia do Laranjal. Nesse domingo apareceram no local milhares de peixes da espécie corvina mortos. Eles estavam espalhados por aproximadamente 3,5 quilômetros, entre o Trapiche até a divisa dos balneários Santo Antônio e Prazeres, bem na parte mais movimentada do Laranjal.
Comandante das praias de Pelotas e São Lourenço do Sul, o tenente do Corpo de Bombeiros, Maurício Kerchime, acredita em duas hipóteses como sendo a causa do aparecimento das corvinas e das águas vivas. “A corvina é de água salgada e tivemos nos últimos dias ventos sul e sudeste, com isto a água salgada entrou na lagoa e o peixe veio junto. Porém na madrugada o vento virou para nordeste e empurrou a lagoa. Com isto, retornou a água doce. Em alguma parte da Lagoa criou uma enseada que deixou o peixe preso. Ele não se adaptou e morreu”, explica.
Ele também não descarta a possibilidade de pesca predatória ocorrida por meio de arrastão durante a noite. “Como o peixe é pequeno eles descartam”, supõe.
Conforme a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), em alguns lugares havia mais quantidade do que em outro em função da formação da faixa de areia. Policiais da Patram estiveram no local e constataram a presença de espécies de água salgada em diferentes tamanhos, alguns já em estado de decomposição.
Em nota, a Fepam diz acreditar ser uma ocorrência natural provocada pela alteração da condição da água do mar em relação a Lagoa dos Patos e as condições do vento dos últimos quatro dias, o que fez com que entrasse água salgada na Lagoa. A Fepam segue monitorando a situação.
Angélica Silveira / CP