Fonte: Sinditabaco
Esta sexta-feira, 11 de janeiro, é o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos, data criada para conscientização da população brasileira quanto aos riscos causados pelo uso indiscriminado de defensivos. No setor do tabaco, uma grande contribuição com a causa é realizada pelo Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, desenvolvido há 18 anos pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e que já possibilitou a correta destinação de mais de 15 milhões de embalagens vazias.
O programa permite o recebimento das embalagens vazias de agrotóxicos usadas nas propriedades rurais pelos produtores de tabaco integrados. Por meio da coleta itinerante, duas equipes percorrem roteiros distintos, abrangendo todas as regiões produtoras de tabaco do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os produtores rurais recebem, previamente, convites entregues pelos técnicos das empresas associadas ao SindiTabaco, com informações sobre os locais, datas e horários do recebimento em cada localidade. Além disso, a coleta conta com um software desenvolvido especialmente para o Programa para armazenamento das informações e o acompanhamento da operação em tempo real.
Conforme o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, a ação contribui para a preservação do meio ambiente e a saúde e segurança do produtor e da sua família. O Programa atende exclusivamente os produtores de tabaco, mas, como são agricultores diversificados, eles têm a oportunidade de entregar também as embalagens dos agrotóxicos usados nas outras culturas. “Na verdade, o tabaco é o produto agrícola comercial que menos utiliza agrotóxicos”, explica Schünke. “Uma pesquisa conduzida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) mostrou que o tabaco usa apenas 1,2 quilo de ingrediente ativo por hectare”, lembra.
Após recebidas, as embalagens são enviadas para centrais de recebimento credenciadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), onde passam por triagem e separação para, então, seguirem à destinação final. Conforme o coordenador do Programa, Carlos Alberto Sehn, aproximadamente 90% do material coletado é reciclado e usado na produção de outros produtos, principalmente na construção civil, como rodas e caçambas para carriolas e conduítes corrugados, caixas de descarga para sanitários e tubulações para esgoto sanitário, entre outros. “E o restante do material, cerca de 10%, é destinado para incineradoras licenciadas”, explica.
ROTEIROS PELA SERRA E SUL DO RS
Atualmente, as equipes do programa estão realizando os roteiros de recebimento de embalagens na região serrana do Rio Grande do Sul, por localidades de municípios como Ilópolis, Anta Gorda, Arvorezinha, Itapuca, Nova Alvorada, Doutor Ricardo, Relvado, Coqueiro Baixo e David Canabarro. E, de 28 de janeiro a 11 de abril, haverá recebimento na região Sul do RS, em 26 municípios: Pelotas, Arroio do Padre, Piratini, Canguçu, Morro Redondo, Cerrito, Rio Grande, Turuçu, São Lourenço do Sul, Cristal, Chuvisca, Sertão Santana, Dom Feliciano, São Gerônimo, Amaral Ferrador, Encruzilhada do Sul, Sentinela do Sul, Cerro Grande do Sul, Tapes, Camaquã, Mariana Pimentel, Guaíba, Barra do Ribeiro, Butiá, Arroio dos Ratos e Barão do Triunfo.
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SAIBA MAIS
- O Programa é anterior à legislação que determina a devolução das embalagens às suas respectivas origens. Criado no ano 2000, antecedeu o Decreto 4.074, de 04 de janeiro de 2002.
- Beneficia 120 mil produtores, com comodidade e segurança na devolução dos recipientes em pontos de coleta localizados próximos de suas propriedades.
- Quem adere ao programa e entrega as embalagens tríplices lavadas, ganha recibos, fundamentais para apresentação aos órgãos de fiscalização ambiental.