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sábado, maio 4, 2024

OMS confirma 131 casos de varíola dos macacos e diz que surto pode ser “contido”

Nesta terça-feira (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que desde o surgimento do primeiro caso de varíola fora dos países onde a doença costuma se espalhar, houveram 131 casos confirmados e 106 casos suspeitos.

Embora o surto seja incomum, ele permanece “contido” e limitado, disse a OMS. A organização convocou novas reuniões para apoiar os Estados membros com mais informações sobre como lidar com a doença e sua transmissão.

A Monkeypox é uma infecção endêmica que ocorre em partes da África Ocidental e Central. Ele se espalha principalmente por contato próximo e, até o recente surto, raramente foi visto em outras partes do mundo. A maioria dos casos recentes foram relatados na Europa.

“Encorajamos todos vocês a aumentar a vigilância da varíola dos macacos para ver onde estão os níveis de transmissão e entender para onde está indo”, disse a diretora da OMS, Sylvie Briand. Segundo ela, não está claro se os casos são a “ponta do iceberg” ou se o pico de transmissão já passou.

Durante participação na Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, Sylvie reiterou a opinião da OMS de que é improvável que o vírus tenha sofrido uma mutação. Contudo, disse que a transmissão pode estar sendo impulsionada por uma mudança no comportamento humano, principalmente quando as pessoas voltam a socializar à medida que as restrições da Covid-19 são reduzidas no mundo todo.

Grande parte dos casos de varíola foram relatados em homens homossexuais que possuem vida sexual ativa. Conforme destacou a diretora da OMS, é particularmente importante ter cuidado e prevenir essa transmissão.

Os sintomas da doença incluem febre e uma erupção cutânea irregular distinta. A cepa de varíola da África Ocidental, identificada no surto atual, tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

Embora Sylvie tenha dito que o surto “não era normal”, ela enfatizou que era “contido”. Também existem vacinas e tratamentos disponíveis para a varíola, acrescentou ela, pedindo medidas de contenção apropriadas, mais pesquisas e colaboração global. “Não vamos fazer uma montanha de um montículo”, disse ela.

*Com informações de Agência Reuters

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