CAMAQUÃ – O homem portava munições de diversos calibres incluindo algumas de uso restrito.
Por volta do meio dia deste sábado, 10 de fevereiro, a guarnição da Brigada Militar de Camaquã, durante diligências de Policiamento Ostensivo realizadas no Loteamento das Flores, para localização do foragido I. R. S., 35 anos, se deparou com o procurado que abandonou uma motocicleta e saiu em fuga a pé, entretanto foi contido e detido, sendo constatado que a moto era furtada, uma CG 150 c.c., Titan, Sport, ano 2007, de Camaquã.
Em revista pessoal ao suspeito a polícia encontrou com o mesmo cinco munições de calibre .44, sete munições de calibre 7.62″, (ambas de calibres restritos) dez munições de calibre .38, em sua cintura um facão e também foi apreendido um martelo. As munições e demais objetos estavam nos bolsos do detido e em uma mochila que ele carregava.
Foi dada voz de prisão ao indivíduo que foi encaminhado até a Delegacia de Polícia Civil de Camaquã para providências cabíveis.
Brigada Militar prendeu foragido que estava de posse de munições
Mais de 40 anos dedicados aos porongos e as cuias
Sentinela do Sul – Um dos elementos essenciais para o preparo de um bom chimarrão é a cuia, que é feita de porongo, uma planta da família das trepadeiras que produz frutos de diversos formatos e características, dependendo da espécie. A cuia também pode ser feita de madeira, chifre, porcelana e até de alumínio, porém nenhum desses materiais compete com o porongo que tem um formato natural ideal para ser transformado nessa peça artesanal tão manuseada pelos gaúchos.
Para se fazer uma boa cuia é preciso matéria prima de boa qualidade e habilidade, além de experiência, coisa que o casal Olavo Pooch, 68 anos, e Vera Maria Danelon Pooch, 69 anos, adquiriu ao longo dos mais de 40 anos trabalhando na atividade e das milhares de cuias produzidas e comercializadas por eles na casa onde residem à beira da BR-116.
Até mesmo a localidade onde moram, em Sentinela do Sul, recebe o nome de Estrada dos Porongos, identidade nacionalmente conhecida e oriunda da atividade econômica do casal.
O início
Olavo conta que a atividade surgiu por acaso quando seu pai que comercializava produtos coloniais em uma tenda a beira da BR-116, decidiu plantar umas sementes de porongo que havia ganhado e com a produção dos pés que vingaram confeccionou as primeiras cuias, sendo que parte delas deu de presentes aos parentes e as que sobraram expôs nas prateleiras da tenda e logo foram vendidas.
No ano seguinte eles decidiram plantar mais alguns pés de porongos e tudo o que produziram foi tranformado em cuia e vendido na tenda. A atividade seguiu aumentando e a lavoura cultivada já passava de cinco hectares quando, dez anos mais tarde, seu Albino faleceu e Olavo decidiu dividir as cuias com os irmãos, porém nenhum dos familiares se interessou pelos produtos, quando então Vera resolveu vendê-las na “barraca” à beira da rodovia e o comércio mais um vez fez sucesso.
Na época Olavo que cultivava cerca de 17 hectares de arroz foi aos poucos migrando para o plantio de porongos e no ano de 2003 atingiu o auge da produção quando chegou a cultivar 140 hectares da planta.
O cultivo e a fabricação das peças
Seu Olavo diz que para se produzir um bom porongo é preciso considerar uma série de cuidados com a planta ao longo do cultivo. São quatro espécies cultivadas pelo casal: o porongo cuia, para fabricação da cuia tradicional, o gajeta, espécie mais arredondada, o pingo de mel, para a fabricação das conchinas de servir a erva mate e recentemente o porongo serpente, utilizado para adorno das cuias.
O produtor da dicas sobre o cultivo e ensina suas técnicas, incluindo o cuidado para evitar a cruza das espécies e consequentemente a deformação dos frutos, a rotatividade de área de cultivo, os cuidados com o preparo do solo, época de plantio, entre outras.
“Tem gente que não gosta de contar o segredo, diz que isso vale dinheiro. Eu digo que o sol nasceu pra todos e a sombra pra quem procura. Eu já penso em parar com a atividade e gostaria que outros continuassem”, revelou Olavo.
Depois dos frutos formados ele são colhidos e recolhidos a um galpão onde ficam depositados em prateleiras para em seguida serem transformados nas peças definitivas para vendas.
As peças fabricadas na propriedade são lisas, sem arremates artesanais, porém no local também são comercializadas peças trabalhadas, inclusive artesanatos do tipo porta trecos, pesos de portas, porta chaves, enfeites de natal, casas para passarinhos e até relógios, que são negociados com os artesãos em troca das peças lisas.
O impacto econômico e as dificuldades
O casal diminuiu bastante a área cultivada e atualmente planta menos de 30 hectares. Ele reclama da escassez de mão de obra e a elevação nos custos de produção.
Porém mais do que qualquer outro fator o que mais impactou negativamente na atividade foi o aumento significativo no preço da erva mate que fez com que os consumidores preferissem somente as cuias menores. “Há dois anos queimamos umas 70 mil cuias. Eu chorava em volta da caieira que nem criança”, lamentou.
No auge da produção chegavam a ser fabricadas 700 cuias por dia na propriedade e comercializadas uma média de 300 peças diariamente no varejo, além do fornecimento aos artesãos. Atualmente a venda no varejo caiu para menos de 100 peças e o comércio maior é para os artesãos.
Parceria entre prefeitura e Conectsul reforça a segurança no carnaval
O policiamento também terá reforço da Brigada Militar, Polícia Civil e segurança privada contratada com diversos colaboradores que estarão circulando pela avenida e pela praça no sentido de orientar as pessoas e auxiliar no que for necessário em termos de segurança.
A administração municipal providenciou ainda a disponibilidade de ambulâncias e equipes da saúde, da secretaria de Obras e do Turismo. Os Bombeiros Voluntários também estão dando suporte.
Manga de chuva traz esperança a Cerro Grande do Sul
No dia em que grande parte da zona urbana do município ficou sem abastecimento de água um alento veio do céu no final da tarde desta sexta-feira, 09 de fevereiro, em Cerro Grande do Sul.
Com três meses de estiagem o leito do arroio São Silvestre está praticamente seco e o ponto de captação de água da Corsan no topo da cachoeira, cartão postal do município, não deu mais conta da vazão dos cano. O resultado foram muitas caixas d’água vazias na cidade.
A forte pancada de chuva, ao cair da noite, chegou como uma bênção e além de refrescar a temperatura deverá dar sobrevida às sangas. O certo é que são necessários muitos milímetros de chuva para que as nascentes se recuperam, mas a previsão meteorológica para os próximos dias, da chegada de uma frente fria e da possibilidade de chover até 60 milímetros até a próxima segunda-feira (12), anima os sulcerrograndenses que já amargam grandes prejuízos na agricultura.
Polícia predeu indiciado por homicídio na praça em Tapes
Crime que ocorreu em 2016 teve ligação com o tráfico de drogas
Agentes da polícia civil de Tapes cumpriram um mandado de prisão preventiva, na tarde desta sexta-feira (09), contra Patrik Jesse Klein Glavan, 33 anos, que foi indiciado pelo crime de Isis Martins Fernandes, ocorrido em dezembro de 2016, quando a vítima foi executada na praça central da cidade com oito tiros. O acusado estava em uma residência na Rua José Correa Brito, n° 13, no centro de Tapes.
A polícia informou que segundo as investigações, a execução de Isis decorreu da disputa por pontos de tráfico de drogas na região. Depois desta morte, diversos outros crimes de homicídio foram cometidos na cidade.
Para a delegada Fabiane Bittencourt a prisão de Patrik foi extremamente importante para Tapes. “Essa prisão representa a realização da justiça, não somente pela morte de Isis, mas de diversas outras pessoas que foram executadas como consequência desse crime”, considerou.
O inquérito policial que apurou o caso foi remetido ao Poder Judiciário em dezembro de 2017, fruto do esforço da Polícia Civil de Tapes em concluir todos os procedimentos de homicídio que se encontravam em andamento na delegacia.
Prefeito Ivo é absolvido e permanece no cargo
Foram cerca de dez horas de sessão de julgamento até que saísse a decisão que deixou o prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira aliviado, quando foi absolvido por 09 votos a 06, no plenário da Casa de Leis, na noite desta quinta-feira, 08 de fevereiro.
O mandatário municipal foi julgado no processo que apurou denúncia sobre possível irregularidade no repasse de recursos de doação feita pela empresa Lins Ferrão e Cia Ltda (Lojas Pompéia), de R$ 83 mil, a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Camaquã.
Manobra política garantiu vitória
O prefeito seria condenado e poderia ter seu mandato cassado se 10 dos 15 vereadores votassem contrários ao governo. Possibilidade que era forte pelo menos até a metade de janeiro deste ano. Ocorre que no final do mês passado o PMDB, por decisão quase unânime da executiva do partido, deixou de ser oposição e passou a integrar o governo. Não por acaso os três vereadores peemedebistas votaram pela absolvição do administrador municipal.
O PDT partido que não quis aderir ao governo, ainda em novembro do ano passado, quando em decisão bastante dividida seguiu independente, também votou dividido na sessão de julgamento, com dois votos pela abssolvição e um pela cassação de Ivo.
Já o vereador Marco Longaray do PT, partido de oposição ao governo, votou pela abssolvição do prefeito. Apesar de criticar o governo pela forma que lidou com a tranferência do recurso financeiro, o que classificou como fragilidade técnica, Longaray disse que não identificou dolo e má-fé. Acrescentou ainda que sua decisão teve base no depoimento do senhor Luis Antônio Baptistella, representante da Empresa Lins Ferrão que confirmou que confirmou que, a doação de fato era destinada a entidade em questão, sob a tutela do Programa “Escolha o Destino”.
Veja como votaram os vereadores:
Contra a condenação:
Claudinho Abreu (PMDB)
Fabiano Medeiros (PDT)
Ivana de Paula (PSD)
Mano Martins (PMDB)
Marco Longaray (PT)
Mazinho (PSDB)
Mozart Pielechowski dos Santos (PSDB)
Nica Puschnerat (PDT)
Vinícios Araújo (PMDB)
A favor da condenação:
Ilson Meireles (PP)
Luciano Delfini (PSDB)
Marcelinho Gouvea (PSB)
Paulinho Bicicletas (PRB)
Claiton Silva (PDT)
Ronaldinho Renocar (PP)
1ª SEMANA DE ATIVIDADES SOBRE O USO SUSTENTÁVEL DO BUTIÁ
Nos dias 19 a 23 de fevereiro de 2018, os artesãos pertencentes à Associação dos Produtores da Agricultura Familiar de Tapes (APAFTAPES), estarão organizando uma semana de atividades voltadas à conservação pelo uso sustentável do butiá. O evento foi idealizado no final do ano de 2016, a partir de uma oficina de culinária e artesanato ministrada pela EMBRAPA Clima Temperado, juntamente com a demonstração de uma despolpadeira realizada pela FEPAGRO, que auxiliou os produtores a utilizar a máquina em benefício do butiá, além dos cursos de artesanatos com a folha do butiazeiro ministrado pelo SENAR e o acompanhamento contínuo da EMATER/RS-ASCAR de Tapes que foram fundamentais para a construção deste projeto.
O objetivo desta ação, idealizada pela APAFTAPES, é incentivar a conservação da espécie e valorizar a geração de renda promovida pelas atividades da agricultura familiar local, a partir do uso da palmeira do butiá e, por meio de oficinas, palestras, atividades interativas e divulgação dos diversos produtos culinários e artesanais confeccionados, intensificar e fortalecer a proteção dos recursos disponíveis na natureza. A 1ª Semana de Atividades Sobre o Uso Sustentável do Butiá conta com o apoio de diversos parceiros, tais como: EMATER/RS-ASCAR (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – Unidade em Tapes), EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Banco SICREDI e Lagoa TV Notícia.
O evento será realizado no interior do Mercado Público do município e sua abertura contará com música ao vivo, palestras sobre a história do butiá na região e a trajetória dos agricultores, até a inauguração da feira onde comercializam seus produtos, além de vídeos sobre os butiazais de Tapes e Rota Internacional dos Butiazais liderada pela EMBRAPA em Pelotas/RS. Cada oficina terá número de inscritos de, no máximo, 15 participantes, sendo que, nenhuma das atividades será fornecida certificações.
Ao final do evento, espera-se o despertar sobre a importância da relação entre as ações promovidas pelo uso do butiá e a agricultura familiar, que mantém o cuidado com os recursos da sociobiodiversidade e acredita que o respeito, entre homem e natureza, seja a alternativa para o reconhecimento sociocultural construído pelas comunidades, meio ambiente e outras sociedades.
Iniciou a sessão que julga o prefeito Ivo
A sessão de julgamento que definirá o futuro do prefeito de Camaquã Ivo de Lima Ferreira iniciou às 13h30min desta quinta-feira, 08 de fevereiro, sem a presença do mandatário municipal ou mesmo de manifestantes, sejam contrários ou de apoio ao governo.
Ivo está sendo julgado por denúncia apresentada por um morador da cidade, que refere-se a doação feita pela empresa Lins Ferrão e Cia Ltda, de R$ 83 mil, ao Fundo Municipal do Idoso, e que o processo de repasse da verba teria infringido os procedimentos legais não respeitando a exigência de chamamento público.
De acordo com o protocolo estão sendo lidas as peças do processo e também serão abertos espaços para a defesa e para o pronunciamento dos vereadores na sessão que deverá durar mais de quatro horas, de acordo com a previsão do presidente da Casa, vereador Claiton Silva.