Nesse momento de troca de bandeiras coloridas parece que estamos voltando para o ponto inicial da pandemia, achando que o Corona vírus está cada vez mais presente e com uma série de efeitos colaterais em nossas vidas. Estamos nos questionando porque toda a euforia inicial de estar em casa sozinhos ou com nossos familiares, realizando tarefas do dia a dia em nossos lares que nunca tínhamos tempo para finalizar, uma simples arrumação de uma gaveta a uma proposta muito maior, a de reorganizar nossas vidas pessoais.
Nos questionamos hoje porque tudo se tornou uma fraqueza que está mexendo com nossas emoções. Refletimos por alguns meses e hoje nos sentimos sufocados por nós mesmos.
Estamos numa fase de vidas perdidas, vidas com feridas abertas e sofrimentos que nunca fecharão e nunca passarão, que somente trazem tristezas, destruindo todo nosso emocional. Nos vemos frágeis como crianças que necessitam de colo, de ar puro para respirarmos pelas ruas, de mais liberdade para compartilharmos, não por live e sim pessoalmente com amigos, familiares, conhecidos, colegas de trabalho e até desconhecidos.
Tudo que parecia uma correria em nossas vidas, passou a ter uma importância com um valor diferenciado.
Primeiro vimos que estávamos correndo no dia a dia, sem dar importância para nós mesmos, nosso familiares e amigos. Agora só queremos a vida que tínhamos antes, mas claro este dia a dia jamais será igual, terá um sabor de muita afetividade com responsabilidade.
Mesmo estando no ápice da pandemia em nosso estado, sabemos e esperamos estar no fim ou melhor, no começo de uma nova etapa da vida que está surgindo com as vacinas na terceira fase de testes.
Queremos e suplicamos por dias que nunca chegam, mas com certeza chegarão para nos aliviar dessa dor mental e também física.
Seja qual for o tempo que levará para novamente termos nossa liberdade da pandemia, devemos ser fortes mentalmente para que suportemos toda dor e devaneios que nela surgiram.